O cancelamento repentino de todas as passagens aéreas da linha “promo” da empresa 123 Milhas, com datas flexíveis no período de setembro a dezembro de 2023, deixou milhares de clientes com a incerteza sobre suas viagens programadas para 2024.
A empresa, atualmente em processo de recuperação judicial, anunciou aos clientes a opção de reembolso por meio de vouchers, um vale parcelado no valor da compra, com correção monetária ao mês de 150% do CDI, a ser utilizado exclusivamente no site da 123 Milhas em até 36 meses.
No entanto, essa medida gerou controvérsias e críticas, especialmente por parte da diretora do Procon Assembleia, Mileide Sobral, que classificou o reembolso em forma de vouchers como “abusivo”. Sobral argumenta que a escolha deveria ser do cliente, uma vez que a empresa não cumpriu com o prometido. Atualmente, o processo de recuperação judicial da 123 Milhas está suspenso em Minas Gerais, aguardando uma perícia para avaliar as condições reais de funcionamento da empresa.
A professora Elilma Vasconcelos, uma das clientes prejudicadas, expressou sua decepção e frustração, destacando a falta de clareza por parte da empresa. Ela já descartou a possibilidade de viajar pela 123 Milhas e busca alternativas diretamente com as companhias aéreas, enquanto aguarda uma intervenção da Justiça. Osvaldo Teixeira, proprietário de uma agência de viagens local, alerta para a importância de desconfiar de valores muito baixos e ressalta os benefícios de comprar através de agências, onde os clientes têm suporte em caso de imprevistos.
Diante do cenário, a 123 Milhas alega que a medida foi necessária para superar desafios financeiros e promete apresentar um plano de recuperação aos credores. A empresa está ciente das críticas e se compromete a analisar o ressarcimento dos consumidores após a conclusão da perícia.
Informações da Assembleia Legislativa de Roraima
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