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FAA planeja exigir que as aéreas substituam peça no PW1100G após desligamento do motor em voo

Divulgação – PW

A Federal Aviation Administration (FAA) planeja exigir que as companhias aéreas substituam um rotor nos motores turbofan PW1100G da Pratt & Whitney, após uma falha no rotor em 2022 provocar o desligamento do motor durante um voo.

O desligamento ocorreu em 8 de julho de 2022, devido a uma fratura de palhetas integradas em uma única peça (também chamado de “blisk”) da primeira etapa do compressor de baixa pressão do PW1100G de um Airbus A320neo.

Embora a proposta não forneça mais detalhes sobre a falha, ela exigiria que as companhias aéreas substituíssem esses rotores e fizessem outras alterações em 215 PW1100Gs em jatos registrados nos EUA.

A notícia desse problema surge enquanto a Pratt & Whitney e a FAA lidam com um problema separado de fabricação de metal em pó, afetando PW1100Gs. Essa questão afetou significativamente as operações das companhias aéreas, obrigando as operadoras em todo o mundo a aterrar centenas de jatos a qualquer tempo.

No entanto, a proposta se refere a um problema já conhecido que afetou um número limitado de motores e não tem relação com o metal em pó. De acordo com a Pratt & Whitney, o hardware aprimorado tem sido implementado na frota ao longo dos últimos dois anos por meio de boletins de serviço previamente lançados.

A incidência de julho de 2022 foi causada por uma palheta “desalinhada” situada “diretamente a montante” do rotor integrado na primeira etapa do compressor de baixa pressão. A resultante “excitação aerodinâmica” ocasionou a falha do rotor, disse a FAA.

A Pratt & Whitney já desenvolveu uma correção, redesenhando a palheta guia de entrada do “conjunto do braço“, adicionando um espaçador para fornecer capacidade de torque adicional e prevenir uma palheta “desalinhada”. Além disso, o fabricante de motores de Connecticut também redesenhou o rotor integrado em uma única peça da primeira etapa do PW1100G “para suportar melhor uma excitação aerodinâmica de uma palheta guia ‘desalinhada'”.

A proposta da FAA exigiria que as companhias aéreas implementassem as correções. Seria necessário instalar novas arruelas e espaçadores durante a primeira visita subsequente à oficina, e substituir os rotores integrados na primeira etapa durante o primeiro evento de manutenção que envolvesse a remoção do rotor.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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