O governo angolano anunciou a privatização da companhia aérea nacional TAAG Linhas Aéreas de Angola (Angola Airlines) para o ano de 2022. Além da linha aérea, cerca de 170 empresas públicas e paraestatais são alvo de um amplo programa de privatização do governo.
O jornal Prensa Latina destaca o anúncio foi feito em 23 de Novembro, em Luanda, pelo ministro angolano dos Transportes, Ricardo de Abreu. Segundo Abreu, a abertura do capital da transportadora ao investimento privado faz parte de um vasto programa em curso cujo objetivo é limitar a interferência do estado na economia ao estritamente necessário, principalmente no campo industrial.
O processo de privatização da Transportadora Aérea de Angola (TAAG) está previsto para 2022, informou nesta segunda-feira o ministro dos Transportes, Ricardo D´ Abreu.https://t.co/y8R9xfzQL1 pic.twitter.com/oYHDMH0gAY
— Embaixada de Angola na Alemanha (@AngolaAlemanha) November 24, 2020
No caso da TAAG, o presidente angolano João Lourenço assinou, em setembro de 2018, um decreto que transforma a empresa em sociedade anônima. Esta alteração do estatuto jurídico foi fundamental para a abertura da estrutura acionária da transportadora aos investidores privados. Em julho passado, ele emitiu outro decreto reduzindo o capital da transportadora de 700 bilhões de kwanzas (US$ 1,1 bi) para 127 bilhões de kwanzas (US$ 196 milhões).
O Chefe de Estado também criou um comitê estratégico de monitoramento e investimento para a TAAG. Todas essas reformas visam limpar e reestruturar a empresa já deficitária e que, nesse ano, deve perder mais US$ 280 milhões, que viu seus prejuízos aumentarem devido à pandemia.