O Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão publicou em 25 de abril que a Mitsubishi Heavy Industries cancelou o registro de seus últimos quatro SpaceJets (anteriormente chamados de Mitsubishi Regional Jet ou MRJ). Este modelo se tornaria o primeiro jato de passageiros produzido no Japão.
A empresa retirou-se definitivamente do negócio aeronáutico em 6 de março. Assim, todas as unidades já foram retiradas dos registros aeronáuticos japoneses, informa o Aviacionline.
A Mitsubishi Aircraft Corporation, subsidiária da empresa, apresentou o pedido de cancelamento de registro indicando que a aeronave “não será utilizada”. Um total de cinco aeronaves do tipo foram construídas, uma das quais foi desativada em março de 2022.
Olhando para trás na história do MRJ, o programa foi anunciado em 2008 e gastou mais de 1 trilhão de ienes (US$ 7,5 bilhões) em investimentos de desenvolvimento ao longo dos anos. Em 2021, a Mitsubishi decidiu interromper o projeto para economizar 120 bilhões de ienes (US$ 906 milhões) em custos, pois o programa estava afetando seu fluxo de caixa.
A família seria composta por duas variantes do modelo: a primeira, menor (MRJ70) e com capacidade para entre 70 e 80 passageiros , e uma maior (MRJ90), com entre 86 e 96 lugares em duas classes configuração.
O principal obstáculo do projeto foi que os sindicatos de companhias aéreas e pilotos nos Estados Unidos não relaxaram a cláusula de escopo que permitiria o uso do MRJ70 ou do MRJ90 como aeronave regional. Esta cláusula limita o tamanho máximo (em número de assentos e peso) da aeronave que pode ser utilizada nesta modalidade no referido país.
Também a Mitsubishi Aircraft, após o cancelamento do registo das aeronaves das restantes unidades, alterou a sua designação para “MSJ Asset Management”, e, após ouvir os seus investidores, irá prosseguir com o processo de liquidação.