O menor dos Boeing 737 MAX, de última geração, deverá finalmente ser certificado, após vários atrasos e baixo número de pedidos.
O 737 MAX 7 é o menor e menos popular da geração MAX da Boeing, sofrendo da chamada “síndrome do caçula”, que afeta as versões menores dos aviões, como aconteceu com o 767, com os Airbus A319neo, A340-200, A330-800neo e o A350-800.
Por estar muito próximo em algumas especificações do Airbus A220 e do Embraer E195-E2, e ao mesmo tempo ter quase o custo de operação do MAX 8, o MAX 7 teve inicialmente encomendas de duas empresas aéreas: a americana Southwest Airlines e a canadense WestJet. Somado a isso, no ano passado, também a Allegiant fez uma encomenda de 737 MAX 7.
A Southwest, inclusive, foi o principal motivo da Boeing apostar num substituto para o 737-700, já que é a maior cliente do 737 em geral e em específico do modelo de menor capacidade (737-700), que assim como o MAX 7 leva em média 140 passageiros.
Nesse cenário, o CEO da Southwest, Bob Jordan, disse à Aviation Week que a última conversa com a Boeing foi para ter o jato certificado em agosto, ainda no verão americano, mas que as entregas só começariam de fato para a companhia em 2024.
O MAX 7 foi o modelo que mais sofreu com os problemas da Boeing, que incluem os dois acidentes com o MAX 8, problemas com fornecedores, e novas auditorias da FAA na fábrica, aumentando a exigências e obrigando a Boeing a refazer os processos de certificação.
“Todo mundo sabe que não está no nosso controle, é realmente um problema da Boeing“, conclui Bob Jordan, com um tom de insatisfação, pois já era para ter recebido os MAX 7 já a um tempo, caso o cronograma inicial tivesse sido seguido.