A Spirit AeroSystems, fornecedora americana de peças para aviões, pediu às suas principais clientes, Boeing e Airbus, que absorvam os problemas financeiros que afeta o contrato entre as partes devido à inflação, reportou a Reuters.
O CEO da empresa, Tom Gentile, informou na quinta-feira que no primeiro semestre os custos devido à inflação salarial, escassez de peças e maior escrutínio regulatório aumentaram em cerca de US$ 215 milhões.
Em agosto, executivos da empresa já aludiam à necessidade de reabrir as discussões contratuais. Na última atualização, Gentile explicou que as produções do Airbus A220 e A350 estavam “decepcionantes”, sendo possível construir somente 65 a 70 aviões este ano, quando a expectativa inicial era de 100. Assim, a meta da Spirit de atingir o ponto de equilíbrio até 2025 provavelmente foi adiada.
Além disso, a fornecedora advertiu que do Boeing 787 Dreamliner, a fabricante de peças registrou US$ 1,4 bilhão em prejuízos futuros e para poder aumentar a produção para a meta de 10 por mês até 2026 será necessário algum ajuste contratual.
Enquanto discutiam esses problemas com a Boeing e Airbus, Gentile assegurou que a Spirit tem sido “um livro aberto” pois os dados de custo foram abertamente compartilhados entre as partes e as oportunidades para cortar custos foram esgotadas.