O juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, Tiago Henrique Papaterra Limongi, negou agora há pouco o pedido de reintegração de posse dos aviões da Avianca Brasil pelos seus arrendadores, segundo reportou o portal Panrotas.
Segundo publicado oficialmente, uma nova revisão será feita em 30 dias a partir da segunda decisão (18/01). Essa decisão ainda não está nas folhas do processo, apenas no andamento e em vias de ser disponibilizado no site do tribunal.
Fontes consultadas pelo AeroIN afirmam que até a próxima audiência (sem se especificar se seria sobre a audiência do dia 14 referente a recuperação judicial em si ou do dia 18 referente a disputa de leasing) a empresa deverá receber um novo investidor, provavelmente Paul Singer da Elliott Management Corporation.
O valor do investimento estaria em torno de R$250 milhões, além de um possível aporte por parte da Avianca Holdings e/ou United Airlines.
A expectativa é que a empresa mantenha as operações normais mesmo com a devolução de aeronaves: dois Airbus A320 que estavam na Avianca Argentina retornarão para a matriz brasileira; o fim da rota São Paulo – Santiago do Chile deixará disponível mais dois A320 para voos domésticos além da devolução dos A330 que causará uma redução de custos.
Preço do leasing pode subir
A disputa de leasing hoje gira em torno da AirCastle, que procura retomar 10 aviões. Outras empresas menores de leasing com uma quantidade menor de aeronaves arrendadas à Avianca Brasil também querem de volta as aeronaves, mesmo com a regularidade de pagamentos.
A GE que disputava a retomada de 10 aviões já entrou em acordo com a Avianca Brasil logo após a ANAC publicar de maneira arbitrária o suposto cancelamento de matrículas.
O medo causado pela Recuperação Judicial e certa “instabilidade” jurídica sobre a devolução ou não das aeronaves não agradou as empresas de leasing. Segundo uma fonte em uma grande empresa de leasing na Irlanda, a expectativa que a partir de agora o preço do leasing seja reajustado para cima na hora de renovar o contrato com qualquer aérea brasileira.
A Avianca Brasil por sua vez informou que a tutela de suas aeronaves foi prorrogada até a Assembleia Geral dos Credores, que deve acontecer na primeira quinzena de abril.
Informações por Danilo Alves do portal Panrotas