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No meio do mês passado, o governo português, através do primeiro-ministro Antonio Costa, disse que não descarta a possibilidade de nacionalizar a TAP Air Portugal para salvar a companhia aérea nacional. Agora, nessa semana, o SIC Notícias traz uma análise em que conclui que o aporte de capital federal na empresa aérea pode chegar à quantia impressionante de $1 bilhão de euros, mas que a nacionalização não seria uma alternativa.
Segundo o comentarista político e econômico do Jornal, Luís Marques Mendes, o governo além de injetar dinheiro, ainda precisa decidir qual será o modelo de intervenção na empresa e que nacionalização da companhia aérea seria uma alternativa fora de questão.
Ao invés disso, e para que a salvação da TAP seja viabilizada, o governo deveria buscar um outro investidor que também colocasse mais dinheiro na empresa. No entanto, esse parece ser um cenário bastante difícil de se concretizar (embora não impossível, diga-se), haja visto que o posicionamento atual dos capitalistas tem sinalizado para o lado contrário, ou seja, da retirada (ou, no máximo, na manutenção) das suas posições nas empresas.
Não é uma lei, mas se usar o restante do mundo como benchmark, vemos os governos arcando com linhas de recursos para sustentar as suas empresas nacionais, enquanto investidores fogem o quanto podem, um exemplo disso foi a saída de Warren Buffet das posições que tinha em empresas americanas, retirando $8 bilhões de dólares, mesmo no prejuízo.
Para qualquer lado que o barco avance, seja para a nacionalização, seja para um modelo misto à semelhança do atual, é certo que a empresa não encerrará suas operações. Para muitos do lado do governo, que veem com desconfiança o “sócio privado”, está aí a oportunidade dourada de nacionalização.
De qualquer maneira, e qualquer que seja o caminho, é necessário que a decisão seja tomada rápida, pois o caixa da TAP está acabando, segundo o comentarista disse ao Jornal Econômico, e “daqui a um mês haverá ruptura de pagamentos ou algo do gênero”, disse.
Há cinco meses, o polêmico Marques Mendes disse que a TAP era uma bomba-relógio e que não tinha “racionalidade econômica e financeira”, isso antes da covid-19 chegar, assista:
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