Início Diversos e Eventos

Presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas debate a descarbonização no setor no Fórum da Boeing

Da esquerda para a direita: Otavio Cavalett (BOEING), Ligia Sato (LATAM), Jurema Monteiro (ABEAR), Filipe Alvarez Oliveira (Azul) e Eduardo Calderón (GOL) – Imagem: ABEAR

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) informa que na última terça-feira, 8 de agosto, sua presidente, Jurema Monteiro, debateu a descarbonização no setor aéreo no Fórum de Sustentabilidade BOEING e RSB, realizado na Câmara de Comércio Americana (Amcham), em São Paulo.

Durante o evento, em que o AEROIN também esteve presente, Jurema e o presidente da Boeing para a América Latina e Caribe, Landon Loomis, anunciaram o lançamento do “Prêmio de Jornalismo Aviação do Futuro”. Jurema destacou a importância dessa iniciativa para disseminar as práticas e metas de sustentabilidade do setor para a imprensa e, consequentemente, para a sociedade.

A presidente da ABEAR participou do painel “Sustentabilidade no setor da aviação – Além da produção e uso de SAF”. Eduardo Calderón, diretor do Centro de Controle Operacional (CCO) e Engenharia da GOL, Ligia Sato, gerente de Sustentabilidade da LATAM Brasil, e Filipe Alvarez Oliveira, gerente executivo de ESG e Sustentabilidade da Azul, também participaram desse debate. Otavio Cavalett, líder em Políticas Públicas e Parcerias em Sustentabilidade para América Latina e Caribe da Boeing foi o mediador.

A presidente da ABEAR comentou: “Dentro do nosso objetivo de voar mais e melhor, uma das agendas que nos desafia é cumprir com o objetivo de descarbonizar o setor até 2050. Embora sejamos responsáveis por apenas 2% das emissões de gases no planeta, somos um setor que se antecipou ao assumir o compromisso de neutralizar suas emissões”.

Jurema completou: “Existem compromissos de curto e médio prazo. No longo prazo, a prioridade é o uso do SAF (sigla em inglês de Combustível Sustentável de Aviação) onde identificamos a necessidade de uma política pública consistente que garanta segurança jurídica para atrair investimentos”.

Eduardo Calderón, diretor de Operações da GOL, destacou a importância de a aviação comercial brasileira ser reconhecida mundialmente por ter uma frota de aeronaves novas, o que contribui para reduzir as emissões de CO2 na atmosfera.

“Temos atualmente 38 aeronaves modelo 737 MAX da Boeing. Nosso objetivo é o de alcançar 100% da frota com modelos MAX até 2035. Fomos pioneiros no país ao operar, em 2013, o primeiro voo com SAF. Hoje nossos passageiros podem fazer compensação de carbono ao comprar suas passagens. Não vamos alcançar nosso objetivo de descarbonizar o setor até 2050 se não começarmos a agir agora”, disse Calderon.

O executivo da GOL também anunciou o início de operações piloto de compensação de SAF por meio da plataforma Book & Claim, da RSB (Roundtable on Sustainable Biomaterials), em setembro. Por esse mecanismo, a GOL reivindicará o uso de uma determinada quantidade de combustível sustentável a outra companhia aérea e receberá os créditos de carbono obtidos com essa compensação.

Ligia Sato, gerente de Sustentabilidade da LATAM Brasil, destacou que em plena pandemia, em 2021, a LATAM entendeu a importância de reforçar sua participação nas sociedades em que opera e lançou sua estratégia de sustentabilidade de longo prazo, de 30 anos, baseada em três grandes pilares: mudanças climáticas, economia circular e valor compartilhado.

“Quando a gente fala de SAF, temos duas grandes metas: reduzir e compensar metade das emissões domésticas até 2030 e zerar as emissões até 2050. Nessa jornada de descarbonização, a gente tem que considerar não somente SAF, mas pensar em todos os outros elementos, como novas tecnologias, eficiência operacional e compensação”, finalizou Ligia Sato.

Sair da versão mobile