A South African Airways (SAA), companhia aérea estatal da África do Sul, está em busca de um novo parceiro estratégico para fornecer capital, após a última tentativa de garantir um acordo com um investidor privado ter fracassado na semana passada, informou o Financial Times.
John Lamola, CEO da South African Airways, disse em entrevista que um parceiro estratégico ou de participação acionária global seria idealmente seguido por uma listagem na Bolsa de Valores de Joanesburgo. Ele acrescentou que a empresa registrou, no último ano, seu primeiro lucro desde 2011.
“Você não pode ter uma companhia aérea gerida inteiramente pelo governo. O melhor cenário seria listar a SAA na bolsa de valores, na qual o governo da África do Sul ainda teria uma ‘ação de ouro’ para garantir que os interesses econômicos estratégicos do país estejam protegidos”, disse.
Depois de receber 50,7 bilhões de rands ($2,7 bilhões) em resgates nos últimos 16 anos e viver uma série de intervenções políticas que resultaram em muita instabilidade na diretoria, a SAA está agora vislumbrando um futuro mais promissor.
Lamola, que atua como CEO interino desde maio de 2022, disse que o aporte privado ainda é vital para permitir que a companhia aérea de 90 anos reviva seu objetivo de se tornar uma “marca global”. Uma listagem vincularia a companhia aérea a um nível mais alto de responsabilidade, segundo ele.
Embora ainda não tenham sido realizadas conversas formais com outro potencial parceiro, Lamola diz que “até meados do próximo ano, deve haver um plano concreto e sólido”.
Com o mercado de aviação do país tendo “mudado dramaticamente” nos últimos anos e com uma concorrência forte tanto interna quanto internacional, a intenção de Lamola é se tornar “uma companhia aérea de tamanho médio focada nas conexões intercontinentais necessários para beneficiar o comércio e o turismo da África do Sul”.
