O acidente com um Airbus A350 da JAL, que colidiu com outra aeronave em plena pista do aeroporto de Tóquio, levantou questionamentos sobre o procedimento de transporte de pets em empresas aéreas japonesas.
Hoje as duas principais aéreas do país oriental, a All Nippon Airways (ANA) e a Japan Airlines (JAL), não transportam nenhum animal na cabine de passageiros, permitindo apenas embarque no porão das aeronaves. Porém, no recente acidente com o voo JAL516, onde um Airbus A350 colidiu com um avião militar que entrou na pista sem autorização, dois animais que estavam no porão morreram.
A JAL pediu desculpas aos donos e ao público, mas muitos criticaram a empresa por não permitir levar os animais na cabine, o que poderia tê-los salvado. No entanto, uma recente consulta revelada pela Forbes aponta que as duas gigantes não devem mudar a política apesar das críticas.
A proibição começou por questão de alergia e incômodo de outros passageiros por animais na cabine, mas também existe porque o procedimento de evacuação de aeronaves em qualquer lugar do mundo visa permitir que os ocupantes saiam o mais rápido possível, sem pegar bolsas, mochilas, sacolas ou malas.
Desta maneira, a presença de animais na cabine dentro das caixas de transporte atrapalharia e atrasaria a evacuação, além de poder causar o efeito indesejado em outros passageiros, que viriam os tutores pegando as caixas e também poderiam sentir encorajados a levar sua mala consigo na evacuação.
Por outro lado, deixar o animal preso numa aeronave em chamas ou afundando na água pode ser o pior pesadelo para muitas pessoas. No mundo, não existe uma regra fixa, e tem companhias que só transportam na cabine principal como a brasileira Azul, outras em ambas, como a LATAM, e também existem dezenas que não transportam nenhum animal. O assunto é polêmico e várias rodadas ainda devem acontecer até que possa existir um consenso.
