As companhias aéreas russas continuarão a operar o Sukhoi Superjet, mesmo após boatos de que estariam incapazes de voar por dependerem de peças ocidentais. Segundo o fabricante, o país tem tecnologia para atender a esses aviões e seus motores.
Em comunicado, a Rostec, corporação estatal russa que fabrica o SSJ-100, destacou que “as informações sobre uma possível suspensão da operação do Superjet não são verdadeiras”. A estatal acrescentou que “juntamente com as companhias aéreas estamos fazendo todo o possível para continuar operando o modelo sem interrupção”.
De acordo com o Aviacionline, parceiro do AEROIN, o boato surgiu de uma suposta carta da companhia aérea russa IrAero. A empresa dizia ao governador da região de Irkutsk, Igor Kobzev, que as sanções internacionais privaram as empresas da capacidade de atender aos motores SaM146 que alimentam o SSJ-100. Os diretores de três outras companhias aéreas aderiram a essas reivindicações.
Negando essas declarações, a Rostec pontuou que “a Rússia tem a capacidade de realizar manutenções em aeronaves desse tipo, incluindo seus motores”. Segundo a empresa, “os problemas decorrentes das sanções estão sendo resolvidos e temos um mapa claro de como continuar. As companhias aéreas russas continuarão a operar o Superjet.”
Em relação à companhia aérea, a estatal comentou que ficaram “surpreendidos com as declarações da IrAero. Até onde sabemos, eles não têm problemas com sua frota.” Da Rostec, eles destacaram que “todos os Superjets da empresa estão em serviço e todos os seus motores estão operacionais”.
Uma versão completamente russa do SSJ-100, equipada com o motor PD-8, será introduzida no final de 2023. Atualmente, o Superjet usa motores de origem franco-russa. O SaM146 foi desenvolvido e construído pela PowerJet, que é composta por Snecma e NPO Saturn.
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