Em uma importante mudança na política comercial, a partir de 1º de março, a Aerolíneas Argentinas deixará de permitir a acumulação de milhas e o resgate de passagens para funcionários que viajam com passagens pagas por órgãos públicos.
Esta medida, explicada pela empresa à agência estatal Telam e apontado pelo portal parceiro Aviacionline, responde à necessidade da companhia aérea de reduzir custos significativos que essa prática representou no passado. A companhia aérea de bandeira argentina enfrentou um custo de $2,36 bilhões de pesos (aproximadamente R$13 milhões) apenas em 2023 pelo resgate de milhas acumuladas em viagens oficiais.
Até agora, os bilhetes adquiridos por entidades governamentais permitiam que os passageiros acumulassem milhas. Durante o ano passado, detalha a Telam, cerca de 80 milhões de milhas foram creditadas a funcionários que viajaram por motivos estatais, resultando no resgate de mais de 10.000 passagens para uso pessoal, incluindo cerca de 1.000 passagens em classe executiva.
A acumulação de milhas por viagens pagas pelo Estado foi identificada como uma fonte de passivos em dólares para a companhia, o que levou a esta decisão estratégica. “A decisão da companhia é tomada levando em consideração que se trata de um benefício originado de um pagamento do Estado, e que gera uma dívida em dólares para o próprio Estado”, afirmou a Aerolíneas Argentinas.
Alinhada a uma abordagem focada na melhoria da produtividade e eficiência, a Aerolíneas Argentinas destacou que as decisões comerciais e operacionais tomadas nesta fase de gestão estão projetadas para se alinhar aos objetivos de otimização de recursos e melhoria dos resultados econômicos até o final do ano.
A companhia aérea também informou sobre seu desempenho positivo na temporada de verão, com um recorde de mais de 1,3 milhões de passageiros transportados em janeiro, um aumento de 12% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, e uma melhoria significativa em sua pontualidade.
