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Aerolíneas Argentinas negocia a incorporação de um terceiro avião cargueiro

No marco da apresentação do programa para a alta temporada de inverno 2023 realizada nesta sexta-feira em Buenos Aires, o presidente da Aerolíneas Argentinas, Pablo Ceriani, disse à Aviacionline que estão negociando a incorporação de uma terceira aeronave para a divisão de carga, com o objetivo de materializá-lo durante o ano de 2024.

A Aerolíneas Argentinas Cargo havia sido apresentada em 2022 e, após receber seu primeiro Boeing 737-800SF em fevereiro passado, iniciou seus voos regulares em 3 de maio, operando entre o Aeroporto Internacional de Ezeiza e Río Grande, Tierra del Fuego, onde a empresa Mirgor tem sede – esta foi a empresa com a qual firmou convênio para o transporte de suas cargas dentro do país e região.

Este contrato prevê a utilização da aeronave durante metade do dia para a transferência logística de insumos e produtos comercializados pela empresa privada e o restante do tempo está disponível para a operação direta da Aerolíneas Argentinas Cargo.

O primeiro avião a voar foi o de matrícula LV-CTC (que já fazia parte da frota na sua versão de passageiros), enquanto o segundo, de matrícula LV-KHQ, foi recebido a 22 de maio e, em meados de junho, foi transferido para as instalações da FAdeA em Córdoba para que nela seja aplicada a pintura da Aerolíneas Argentinas Cargo.

A informação sobre a potencial incorporação de um terceiro cargueiro é complementada pelo que Pablo Ceriani havia dito à Aviacionline no início de junho em uma entrevista realizada em Istambul, no âmbito da 79ª Assembleia Geral Anual da IATA, que a empresa está avançando na incorporação de novas aeronaves para sua frota, seja para adicionar capacidade ou para substituir aeronaves antigas.

Na ocasião, o gerente disse que já escolheu o A330neo para a frota widebody, e que as entregas seriam entre 2025 e 2026. Por outro lado, os E190 seriam substituídos por aeronaves E195-E2, com um pedido inicial de 10 aeronaves. 

Questionado especificamente sobre o financiamento dessas aeronaves, se seria pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como foi com o E190, Ceriani disse que não, que estão buscando outras alternativas.

Paralelamente a tudo isso, nos próximos três anos, chegariam mais dez Boeing 737 MAX (em fevereiro eles nos disseram que também estavam considerando a variante 737-9).

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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