Um avião da Egyptair caiu no Mar Mediterrâneo em 2016, matando todas as 66 pessoas a bordo, porque um piloto estava fumando um cigarro no cockpit alega um relatório que foi visto pelo maior jornal italiano, o Corriere della Sera. O caso está sendo revisado por promotores franceses.
O voo MS-804 da Egyptair ia de Paris para o Cairo, mas caiu no mar em 19 de maio de 2016, no que as autoridades egípcias inicialmente alegaram ser um ataque terrorista. Os investigadores, no entanto, acreditam que a teoria do piloto de fumar é muito mais provável.
A aeronave Airbus A320 mergulhou 37.000 pés no Mediterrâneo depois que um dos dois pilotos acendeu um cigarro que, por sua vez, causou um incêndio no cockpit, que foi potencializado pelo fato de haver uma máscara de oxigênio vazando.
O jato decolou de Paris às 23h21 do dia 19 de maio de 2016, mas às 2h27, um controlador de tráfego aéreo grego não conseguiu fazer contato com o avião. Poucos minutos depois, às 2h34, a aeronave desapareceu do radar. Nenhum pedido de socorro foi feito antes do avião cair.
O relatório de 134 páginas conclui que esta combinação de eventos é muito mais provável do que a teoria do ataque terrorista, de acordo com o Corriere della Sera.
Até o momento do acidente, a Egyptair não proibia os pilotos de fumar no cockpit. A máscara de oxigênio havia sido substituída vários dias antes do acidente, mas o engenheiro que a instalou supostamente esqueceu de trocá-la do modo de emergência para o modo normal, deixando oxigênio vazando.
Ambas as caixas-pretas foram recuperadas cerca de um mês após o acidente e analisadas por especialistas da agência francesa de acidentes aéreos BEA. Registros de áudio recuperados sugerem que os pilotos verificaram as máscaras de oxigênio, mas os pilotos também reclamaram de cansaço e bocejos foram ouvidos na gravação.
O dossiê revelado nesta semana foi entregue ao Tribunal de Apelação de Paris, onde os promotores estão investigando possíveis acusações de homicídio culposo.
