Os dez Airbus A380 da companhia aérea Etihad Airways, empresa baseada em Abu Dhabi, parecem ter desaparecido de seu site de reservas até setembro do próximo ano. Considerando que as aeronaves não voam desde março de 2020, seria cerca de um ano e meio sem programação.
Anteriormente, a volta do A380 da Etihad ainda constava dos sites de reservas de voos a partir de março de 2021, mas, desde essa semana, as rotas para Londres, Nova Iorque, Paris, Seul e Sydney passaram a disponibilizar aeronaves Boeing 787-9 em seu seu lugar, segundo levantamento do Routes Online.
O uso da aeronave foi largamente afetado pela pandemia. Suas grandes proporções fazem com que o load factor tenha que ser alto para que a operação seja rentável, mas está difícil encher um avião como esse num momento em que as pessoas não estão procurando viajar. Conforme destaca o Executive Traveller, a companhia aérea não anunciou a saída definitiva da aeronave de sua frota, mas o CEO da companhia aérea, Tony Douglas, explicou na semana passada que a empresa “não tomou uma decisão sobre o futuro dos superjumbos”.
Se a empresa optar pelo encerramento das operações do A380, o mundo deixará de ver uma das primeiras classes mais luxuosa que já existiu. Chamada de “The Residence”, trata-se de uma verdadeira suíte nos céus, com cama de casal e banheiro privativo. No total, o avião tem capacidade para 498 passageiros, sendo 417 na econômica, 70 na executiva e 11 a primeira classe.
Tony Douglas diz estar “com o coração partido ao ver os A380 no chão“, e enche o ar de interrogações ao comentar que a questão é “se eles voarão novamente um dia, quando outros aviões podem fazer o trabalho com muito mais eficiência”.
Três operadoras regulares já retomaram os voos com A380, a Emirates Airlines, a China Southern e a Korean Air. Além delas, a portuguesa Hi Fly também tem usado o seu único exemplar em operações esporádicas.
