Airbus A380 teve pane e o resto do voo foi feito a 28 mil pés, pois não era seguro continuar voando mais alto

Imagem: allen watkin / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

Uma pane com um Airbus A380 nesta sexta-feira, 14 de julho, durante um longo voo de mais de 13 horas, fez com que uma parte do trajeto precisasse ser realizada a 28 mil pés, pois não havia mais segurança para voar acima dessa altitude.

Conforme reportado pelo The Aviation Herald, o avião envolvido foi o A380 registrado sob a matrícula VH-OQI, operado pela companhia australiana Qantas, quando realizando o voo QF-1, que partiu de Singapura na noite do dia 13 com destino ao aeroporto Heathrow, em Londres, na Inglaterra.

O avião já havia feito a maior parte da viagem, com cerca de 12 horas desde a decolagem, estando sobre a Alemanha no nível de voo de 40 mil pés (FL400), quando os pilotos iniciaram uma descida para 28 mil pés (FL280).

O momento em que foi iniciada a descida – Imagem: RadarBox

O motivo da redução de altitude foi uma falha de seus pilotos automáticos, pois isso deixou a aeronave fora dos critérios necessários para operações em espaço aéreo RVSM (Reduced Vertical Separation Minima, ou Mínimo de Separação Vertical Reduzido). No RVSM, que vai do FL290 ao FL410, os aviões podem voar com segurança a uma separação vertical reduzida de 2.000 pés para 1.000 pés.

Após atingir o FL280 para se manter abaixo do espaço aéreo RVSM, o Airbus A380 continuou até Londres para um pouso seguro, realizado cerca de 1 hora e 20 minutos depois do surgimento da pane.

Em Londres, o A380 permaneceu durante todo o dia, já que sua programação padrão é pousar no início da manhã e decolar apenas no início da noite. A decolagem ocorreu normalmente para o voo QF-2, entretanto, após cerca de duas horas, quando voando sobre a Hungria a 33 mil pés, os pilotos iniciaram um retorno para a Inglaterra.

Posição da aeronave no momento da publicação desta matéria – Imagem: RadarBox

No momento da publicação desta matéria, o enorme jato de dois andares estava em voo com destino a Londres, ainda sem informações conhecidas sobre qual o problema apresentado dessa vez.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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