A Airbus está concentrando esforços para garantir o aumento da produção do A220 diante dos problemas de fornecimento que tem enfrentado. A empresa aeroespacial Spirit AeroSystems, fornecedora de asas para o modelo, tem buscado melhores condições contratuais da Airbus para o trabalho que realiza nos programas A220 e A350.
Isso levou alguns observadores a questionar se a fabricante de aeronaves consideraria transferir o trabalho de aeroestruturas para dentro de casa, seguindo o modelo integrado do programa A320neo. No entanto, Christian Scherer, CEO da unidade de aeronaves comerciais da Airbus, afirma que o foco imediato é abordar os elos mais fracos em sua cadeia de suprimentos, enquanto busca aumentar a produção para 14 aeronaves por mês até 2026.
Resolver os problemas na cadeia de suprimentos “é o que está nos impulsionando mais do que uma reformulação estratégica da configuração do A220”, disse ele em um briefing para jornalistas na Singapore Air Show em 20 de fevereiro. “Agora não é a hora de fazer isso”.
Embora a Airbus não descarte quaisquer soluções “em como lida com as questões táticas que enfrenta na cadeia de suprimentos”, não está “em uma missão agora para reorganizar a configuração industrial”, acrescenta ele. Além disso, uma versão alongada do A220, apelidada de A220-500, também “não está no topo de nossa lista de tarefas agora”, completa ele.
Em vez disso, o foco é manter a “trajetória” do programa A220 em direção à produção de 14 por mês em suas duas linhas de produção em Mirabel, no Canadá, e Mobile, nos EUA. Embora reconheça que o aumento é “bastante acentuado”, Scherer está confiante de que o twinjet está no caminho certo para atingir seu objetivo até 2026.
No ano passado, a fabricante entregou 68 A220, uma taxa média de 5,6 aviões por mês.
