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Após briga com Embraer, empresa aérea decide aposentar os novos jatos E2

Uma das primeiras operadoras dos novos jatos E2 da Embraer anunciou que irá aposentar em breve os aviões recebidos há pouco tempo.

Foto via DepositPhotos

A briga entre a empresa aérea cazaque Air Astana e a fabricante brasileira Embraer parece ter chegado ao fim e com um resultado não muito positivo para o lado latino americano.

A empresa de São José dos Campos foi processada em 2021 pela companhia cazaque, que a acusou a Embraer de ter entregue cinco jatos E190-E2 de nova geração com vários defeitos, incluindo falhas hidráulicas, alarmes falsos e outros problemas, que forçaram a Air Astana a decidir pela suspensão dos voos com o modelo.

Por outro lado, a Embraer disse que aconteceu apenas um incidente e que o problema fora corrigido, e que outros operadores não relataram ter as mesmas ocorrências.

Enquanto o processo ainda corre na justiça, a Air Astana voltou a operar com os jatos E2 e, mais recentemente, eles estavam cumprindo voos para a subsidiária de baixo-custo FlyArystan. Agora, em entrevista ao Simple Flying, o CEO da Air Astana, Peter Foster, revelou que os jatos brasileiros estão de saída.

“Não precisamos mais do E2, nós compramos eles antes de termos uma companhia de baixo-custo, e vimos que não precisamos de ir para mercados menores com um jato regional. Podemos ir com um Airbus A320 de 180 assentos e ajustar o preço de acordo (com a demanda). Então esta é a razão real por qual estamos aposentando o E2 no ano que vem”, afirmou o executivo, deixando de lado a briga com a Embraer.

O E190-E2 substituiu parte da frota de 9 jatos E190-E1 que a Air Astana possuía. As aeronaves brasileiras eram configuradas na empresa para levar 108 passageiros. Este é o segundo cliente que a Embraer pede em uma semana, após uma empresa da África também anunciar a saída dos seus jatos brasileiros.

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