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Após confusão com passageira no voo da Gol, Sindicato dos Aeronautas repudia acusação a tripulantes

Diante do caso da confusão com a passageira a bordo de um Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas, ocorrida no aeroporto de Salvador na noite da sexta-feira, 28 de abril, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa os tripulantes de voo do Brasil, publicou hoje, 30 de abril, um comunicado apresentando seu posicionamento.

Acompanhe a seguir, na íntegra, o que diz o SNA.

Nota de posicionamento (G3 1575)

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para esclarecer acontecimentos recentes que envolvem atos de indisciplina e comprometimento da segurança operacional ocorridos durante o embarque do voo 1575 da empresa Gol Linhas Aéreas.

Como resultado da recente mudança regulatória, que extinguiu a franquia de bagagens, empresas aéreas iniciaram a cobrança de tarifa específica pelo despacho de bagagens nos porões das aeronaves.

Essa medida gerou um efeito colateral do excesso de bagagens de mão transportadas por passageiros a bordo das aeronaves, buscando evitar o pagamento de taxas para seu despacho, que anteriormente eram incluídas na tarifa da passagem aérea.

Dessa forma, tem se tornado comum a falta de espaço a bordo das aeronaves para acomodação de bagagens de mão da totalidade dos passageiros, principalmente nos voos com alta ocupação, gerando conflitos e desgastes entre clientes e tripulantes, que nenhuma responsabilidade possuem por medidas comerciais adotadas pelas empresas, pelo insuficiente espaço disponível a bordo e pela tentativa de clientes embarcarem com bagagens acima dos limites permitidos pela companhia.

Os tripulantes atuam como última barreira de segurança na operação complexa do sistema de aviação, atuando com zelo e profissionalismo em todos os momentos, principalmente durante urgências e emergências, protegendo a integridade dos passageiros e de toda a sociedade.

Assim, conflitos a bordo da aeronave, que desestabilizam ou sobrecarregam os profissionais da aviação, são inaceitáveis e podem gerar prejuízos à segurança da operação, devendo ser solucionados de forma efetiva, buscando o mínimo impacto na operação e na coletividade dos usuários do sistema de aviação.

Com pleno respaldo legal, é prerrogativa do Comandante da aeronave decidir pelo desembarque de qualquer passageiro que atente contra a ordem, disciplina e segurança da operação, devendo fazê-lo sempre que necessário.

Diante da análise do caso em questão, o SNA não compactua com as acusações de racismo atribuídas aos tripulantes, repudiando de forma veemente qualquer tentativa de manipulação da verdade. Às vésperas do Dia do Trabalhador, ataques aos profissionais que se dedicam integralmente à segurança dos passageiros é algo que merece nosso repúdio.

Nossa categoria profissional carrega em sua essência a vivência, respeito e o convívio harmonioso com todos os tipos de culturas, etnias ou credos, transportando pessoas com segurança, conforto e pontualidade.

O Comandante e a tripulação agiram de forma a proteger a segurança da operação, o bem coletivo e a continuidade do voo em respeito aos usuários do transporte aéreo, tendo nosso apoio integral e certeza que atuaram com respaldo na lei, na ética profissional e o mais importante, na garantia da segurança de voo.

Isso posto, repudiamos veementemente o uso indevido de uma luta necessária, importante e legítima, que apoiamos, que é a luta contra o racismo, manipulando fatos, na busca de criar uma cortina de fumaça para esconder comportamentos inadequados que não devem e não serão tolerados.

Os detalhes e o vídeo da situação a que se refere a nota do SNA acima podem ser vistos novamente clicando aqui ou no título logo abaixo.

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