O Ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamie, negou as notícias publicadas pelo jornal britânico The Telegraph em 23 de junho, que apontavam o Aeroporto Internacional Rafic Hariri de Beirute como um ponto de trânsito e armazenamento de armas pelo Hezbollah e seus apoiadores iranianos.
Citando denúncias anônimas da equipe do aeroporto, o The Telegraph informou que diversos tipos de armamentos, incluindo mísseis balísticos, foguetes de artilharia, mísseis guiados anti-tanque (ATGM) por laser e substâncias explosivas, chegam regularmente ao aeroporto em voos provenientes do Irã.
Segundo as mesmas fontes, as armas são armazenadas dentro das instalações do aeroporto com a conivência ou cumplicidade dos funcionários. Esses carregamentos teriam supostamente aumentado em frequência e quantidade desde o início da guerra em Gaza.
O governo libanês rejeitou veementemente essas acusações, classificando-as como “ridículas” e convidando diplomatas e meios de comunicação estrangeiros ao aeroporto em 24 de junho, às 10h30, hora local, para uma inspeção. O Ministro dos Transportes também declarou que entrou em comunicação com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) para refutar essas alegações.
Essa polêmica irrompe em meio a uma tensão crescente e repetidos tiroteios entre Israel e o Hezbollah ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.
Rumores de uma intervenção iminente das forças terrestres de Israel no sul do Líbano, a fim de targetizar lançadores de foguetes que disparam contra Israel, levaram vários países a emitir avisos de viagem para o Líbano. O Aeroporto Internacional Rafic Hariri de Beirute (BEY) é a única porta de entrada aérea internacional do Líbano. Em 2023, ele movimentou 7,1 milhões de passageiros.
