Após cerca de cinco meses parado numa área remota do aeroporto de Brasília, o único Boeing 727-200F da frota atual da Asas Linhas Aéreas foi movimentado e rebocado para um hangar no local. Ali, é esperado que ele passe por uma manutenção pesada que lhe habilite a regularizar seu certificado de aeronavegabilidade (que está cancelado na ANAC). Após ser iniciada, a manutenção deve durar até dois meses.
De acordo com informações anteriores, o plano original era que a empresa realizasse os checks na Digex, em São José dos Campos. Mas isso acabou não ocorrendo e, ainda em novembro, a Asas pediu uma autorização especial de voo para levar o jato a outro provedor dos serviços em Brasília. Os serviços, no entanto, não começaram imediatamente e o avião ficou parado por todos eses meses.
A movimentação recente, portanto, soa como uma boa notícia.
Enquanto o avião passa pelas mãos de mecânicos, a empresa aérea persegue sua habilitação para operar como companhia de carga. Atualmente, a Asas está na fase 3 do processo de certificação junto à ANAC, de um total de cinco as fases. O ponto crucial chegará em breve, quando a empresa vai precisar ter um avião disponível para inspeção da agência reguladora e para os voos que antecedem a concessão da outorga para os voos.
Embora tenha planos maiores, por ora a empresa aérea possui apenas esta aeronave, que foi fabricada em 1982 (40 anos) e carrega a matrícula PR-IOC. Antes da Asas, o jato já havia voado por outra empresa aérea brasileira, a RIO Linhas Aéreas. Quando a RIO fechou, o avião foi repassado à custódia da Sideral e ficou armazenado em Curitiba até encontrar um novo destino na Asas.