Após perder drone, FAB emprega avião SC-105 Amazonas nas buscas por vítimas das chuvas no RS

Imagem: Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que desde ontem (8) passou a empregar uma nova aeronave para buscas na área de enchentes no Rio Grande do Sul. Um SC-105 Amazonas do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, sediado na Base Aérea de Campo Grande (BACG), sobrevoa a região do Vale do Taquari realizando buscas por pessoas em situação de risco e que necessitam de resgate.

O avião opera a partir da Base Aérea de Florianópolis (BAFL), fazendo uma hora de voo até o Ponto de Início do padrão de buscas, sete horas de voo de Busca e mais cerca de uma hora de regresso.

A Força Aérea orienta às pessoas com necessidade de resgate que, em caso de avistamento, sinalizem com placas, roupas e movimentos de acenos de modo a facilitar o trabalho das tripulações.

Especialmente treinado para cumprir missões de Busca e Salvamento, o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) está apto para atender a qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar. O emprego da aeronave amplia a capacidade da Força Aérea (ou FAC) na identificação de possíveis pontos de busca e áreas de interesse para resgates por parte dos helicópteros engajados na Operação.

Até ontem, 8 de maio, uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), Elbit Hermes 900 (RQ-900), estava sendo utilizada para fazer sobrevoos e localizar vítimas que ainda não foram resgatadas e se encontram isoladas.

No entanto, a aeronave teve problema técnico e caiu numa região desabitada, sem atingir pessoas ou construções. A localização exata da queda não foi informada pela FAB até o momento.

SC-105 Amazonas

A aeronave SC-105 Amazonas possui um sistema eletro-ótico infravermelho, que detecta o contraste termal, ou seja, a diferença de temperatura. Assim, consegue-se gerar uma imagem independente de luz ambiente, tendo ainda a versão mais recente da câmera FLIR (Forward Looking Infra-Red), que registra imagens coloridas, aproxima em 18 vezes e opera em ambiente de baixa luminosidade. Dessa forma, pode-se fazer decolagens tanto durante o dia quanto à noite.

O avião ainda tem outras capacidades, como o radar com abertura sintética, imageamento por infravermelho e integração de sistema. Tem também a capacidade de monitorar, em 360 graus e simultaneamente, até 640 alvos em um raio de 200 NM (370 km), podendo detectar alvos pequenos e acompanhá-los em movimento na superfície com até 75 kts (139 km/h). Para missões de busca e salvamento, os militares contam ainda com o auxílio de óculos de visão noturna (NVG, sigla em inglês para Night Vision Goggles).

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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