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Após vandalismo, ativistas são banidos de aeroportos e Greenpeace reclama de eles não poderem voar

Nove ativistas que vandalizaram um Boeing 777 da Air France foram condenados e agora não poderão entrar em aeroportos parisienses. A sentença, proferida nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, é contra 9 ativistas do Greenpeace que, em março de 2021, invadiram o Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e vandalizaram um Boeing 777 da Air France que estava estacionado no local.

Em forma de protesto contra voos curtos, que segundo os ativistas causam maior poluição e são desnecessários, eles jogaram tinta verde no avião da companhia de bandeira do país.

Eles foram presos na época, mas liberados. Agora, 3 anos após responderem o processo em liberdade, foram condenados. Como alguns ativistas já haviam sido presos ou detidos antes por protestos similares, as penas variaram.

Os que estão agora como réus primários terão que pagar €700 euros (R$3.800) de multa, e os “fichas sujas” irão pagar até €1200 (R$6.400) de multa. Porém, o que deixou os ativistas e o próprio Greenpeace mais irritados foi outra punição.

Além das multas, todos os ativistas estarão proibidos de chegar próximos ou entrar tanto no Aeroporto Charles de Gaulle como o de Le Bourget, que não conta com voos regulares, mas tem forte presença da aviação executiva e também é palco da feira mais importante do setor aeronáutico.

O banimento inclui o embarque, sendo assim os ativistas nos próximos 3 anos terão que usar os aeroportos de Orly e Beauvais, que contam com muito menos voos e são de acesso mais complicado. Caso eles descumpram as ordens serão presos automaticamente por 6 meses.

“A penalidade de ser banido destes aeroportos sobre a pena de serem presos manda um péssimo sinal, de fato proibindo os ativistas da liberdade de locomoção. Esta convicção, que se toma forma de uma prisão, é parte da linha repressiva da chefia da polícia e do Ministro do Interior da França contra ativistas pelo meio ambiente”, afirmou em comunicado oficial o Diretor Geral do Greenpeace France, Jean-François Julliard.

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