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Apostando em seus jatos regionais da Embraer, FlyNamibia quer chegar logo ao lucro

O CEO da Fly Namíbia, André Compion, revelou recentemente o objetivo da empresa de atingir a rentabilidade durante um painel de entrevistas com Tim Harris na conferência Aviadev, realizada de 19 a 21 de junho de 2024. Questionado sobre o status atual de rentabilidade, Compion declarou: “Ainda não, mas com o planejamento de implantação, deveríamos alcançar a rentabilidade no próximo ano”.

A referida implantação faz parte do plano de expansão contínua da rede da companhia aérea, que atendeu cerca de 80 mil passageiros em 2023. Atualmente, a Fly Namíbia opera quatro rotas domésticas partindo do Aeroporto de Windhoek para Ondangwa, Luderitz, Oranjemund, e Katima Mulilo.

Além disso, a companhia aérea pretende lançar voos para Maun, em Botswana, a partir de 3 de julho, com três voos semanais programados para quarta, sexta e domingo. Maun se tornará o terceiro destino internacional da Fly Namíbia, seguindo Cape Town na África do Sul e Victoria Falls no Zimbábue, como informa o Newsaero.

Apesar de enfrentar concorrência direta nessa rota com a AirLink, sua parceira de franquia, Compion garante que não há conluio entre as duas companhias aéreas. Ele afirmou: “Se uma rota faz sentido comercialmente para nós, nós a operamos. Neste momento, as rotas que estamos explorando complementam o serviço da AirLink“. A Airlink possui uma participação estratégica de 40% na Fly Namíbia desde setembro de 2022.

Em termos de estratégias de crescimento, a Fly Namíbia também está explorando acordos de fretamento com players dos setores de mineração, petróleo e agricultura. A companhia aérea se concentra principalmente na otimização de sua frota, com foco nas aeronaves Embraer ERJ-135 e 145.

Compion explicou: “Temos capacidade suficiente e aumentaremos a frequência em vez de optar por aeronaves maiores neste momento, tanto do ponto de vista de manutenção quanto de tripulação. Portanto, continuaremos com o ERJ no futuro previsível“. Atualmente, a Fly Namíbia e sua empresa controladora possuem 11 aeronaves, todas financiadas por instituições namibianas.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.