A Assembleia Legislativa dos Açores optou por não anular o processo de privatização da SATA Internacional. Esta decisão surge no mesmo dia em que a comissão de trabalhadores da Azores Airlines revelou que Teresa Gonçalves, a presidente da SATA, resignou à sua posição pois o Governo dos Açores “não ofereceu as condições necessárias” para prosseguir com o projeto proposto pela gestão.
Segundo Teresa Gonçalves, que falou aos trabalhadores diretamente para evitar que estes fossem “informados apenas pela comunicação social”, a decisão foi tomada por falta de apoio por parte do Governo para expandir e prosseguir com a proposta da SATA. À luz desta decisão, a Comissão de Trabalhadores da empresa vai agora solicitar “uma reunião urgente com o presidente do Governo regional”, José Manuel Bolieiro.
De acordo com o PUBLICO, apesar deste pedido, a Assembleia Legislativa dos Açores decidiu contra uma resolução do Bloco de Esquerda que recomendava a suspensão do processo de privatização da SATA Internacional, citando “motivos de defesa do interesse público” como fundamentação.
A proposta foi rejeitada com uma votação de 22 votos contra do PSD, Chega, CDS-PP, PPM e IL e 24 votos favoráveis do BE, PS e PAN.
António Lima, do BE, declarou durante o debate que “este processo não pode avançar porque é um risco”. Para João Castro, do Partido Socialista, “o Governo açoriano tem de agir com celeridade” e “corrigir este processo”, dada a importância da SATA para os Açores.
Entretanto, deputados como Nuno Barata, do partido IL, mantêm-se a favor da privatização da Azores Airlines, enfatizando que, sem a venda, a companhia pesará nas finanças públicas da região.
