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Avião Boeing 767 que teve fuselagem deformada durante um “pouso duro” volta a voar

Jato envolvido no incidente durante reparo

Após sofrer danos significativos durante um pouso difícil e duro, um Boeing 767 da United Airlines com 33 anos, inicialmente considerado por muitos como destinado à aposentadoria, passou por reparos extensos ao longo dos últimos sete meses e voltou ao serviço regular de passageiros.

A aeronave em questão, um Boeing 767-300 de matrícula N641UA, e entregue à United em 1991, sofreu danos em sua fuselagem superior após sofrer uma força anormal ao pousar no Aeroporto Intercontinental de Houston em 29 de julho de 2023. O impacto deixou rugas e rasgos visíveis na coroa da fuselagem, levantando preocupações sobre o futuro da aeronave.

Apesar dos planos da United Airlines de substituir eventualmente sua frota envelhecida de 767 por novas aeronaves Airbus A321XLR, programadas para entrar em serviço não antes de 2025, tanto o 767 quanto seu sucessor desempenham um papel crucial no atendimento de rotas longas dentro da rede da United. Esse papel estratégico provavelmente contribuiu para a decisão de investir tempo e recursos na reparação da aeronave.

Contrariando as expectativas iniciais de que a aeronave seria descartada, a United Airlines optou pela reparação, realizando o processo no Aeroporto Intercontinental de Houston ao longo dos meses seguintes. Após os reparos, a aeronave passou por testes rigorosos em Wilmington antes de receber uma nova pintura em Lake Charles.

De acordo com informações da plataforma online de rastreio de voos RadarBox, a aeronave realizou o primeiro serviço regular de passageiro de volta, na última quarta-feira (27), entre Houston, nos Estados Unidos, e Lima, no Peru.

Trajetória da aeronave durante o retorno ao voo de passageiros – Imagem: RadarBox

Embora a decisão de reparar uma aeronave mais antiga seja incomum, não é sem precedentes na indústria da aviação. Em 2019, uma situação semelhante ocorreu com um Boeing 757 da Delta Air Lines, que passou por reparos após sofrer danos comparáveis devido a uma aterrissagem difícil nos Açores. Surpreendentemente, a aeronave da Delta voltou ao serviço em apenas quatro meses, demonstrando a viabilidade e eficácia de tais esforços de reparo.

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