Uma das maiores companhias aéreas da África, a Kenya Airways, está enfrentando dificuldades na manutenção de aeronaves devido à interrupção das cadeias tradicionais de fornecimento de peças de reposição, muitas das quais são feitas de titânio extraído na Rússia, disse o presidente-executivo da companhia aérea, Allan Kilavuka, conforme relato pela agência turca Anadolu.
Allan Kilavuka conecta a situação atual com a crise e as sanções impostas pelos países ocidentais contra a Federação Russa.
“Estamos enfrentando interrupções nos horários de voos, pois há atrasos e cancelamentos devido aos problemas para concluir a manutenção programada dos equipamentos”, citou na terça-feira. “Por exemplo, 100% do titânio usado nas aeronaves da Embraer e 35% de titânio nas aeronaves da Boeing são fornecidos pela Rússia. Com suprimentos limitados, precisamos procurar as peças certas em todo o mundo.”
Kilawuka não descartou que a Kenya Airways seja forçada a recorrer ao cancelamento de mais voos se os problemas das peças persistirem. A companhia aérea possui uma frota de 34 aeronaves e atende 53 destinos. A empresa atualmente não opera voos diretos para cidades russas.