Azul divulga resultados de 2023 com prejuízo de R$ 700 milhões no ano e redução de perdas

A Azul registrou aumento na receita e lucro no quarto trimestre de 2023, ao explorar novos mercados e manter os custos sob controle. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da transportadora sediada em São Paulo subiu um terço, atingindo R$1,47 bilhão ($290 milhões) no quarto trimestre, relatou a empresa.

Para o ano completo de 2023, o EBITDA da Azul aumentou 61% para R$5,2 bilhões – um número que a empresa espera aumentar para “cerca de R$6,5 bilhões” em 2024.

“A Azul continua sendo única”, afirma o CEO John Rodgerson. “Nossa ampla rede atende a 160 destinos, cerca de 100 a mais do que qualquer outra, permitida por uma frota flexível que nos permite acessar demanda nunca antes explorada. Essas vantagens competitivas estruturais só cresceram ao longo do tempo, à medida que mantemos a fidelidade ao nosso modelo de negócios.”

O lucro líquido no quarto trimestre saltou para R$403 milhões, um aumento de quase 75% em relação a R$231 milhões no mesmo trimestre de 2022. Para o ano inteiro de 2023, a empresa reduziu pela metade seu prejuízo líquido não ajustado para R$700 milhões, à medida que os preços dos combustíveis caíram e ela ganhou menos com instrumentos financeiros derivativos do que em 2022.

A receita no último trimestre do ano subiu 13% para R$5 bilhões, ante R$4,45 bilhões do ano passado, impulsionada por um “robusto crescimento nas receitas de passageiros”, além da receita de cargas domésticas e dos negócios de férias da companhia aérea Azul Viagens.

As despesas operacionais aumentaram 5,6% para R$4,15 bilhões nos últimos três meses de 2023. Para o ano completo de 2023, a receita subiu 17% para R$18,7 bilhões, superando as despesas que foram 6,6% maiores, em R$15,8 bilhões.

A companhia aérea também aumentou suas expectativas de resultados para 2024. A transportadora espera que a capacidade aumente em 11%, “impulsionada principalmente pelo contínuo ambiente de forte demanda e pela contínua implementação de nossa estratégia de transformação da frota”.

Além disso, a transportadora estima que seus ganhos de EBITDA serão “cerca de R$6,5 bilhões”, impulsionados pelo “robusto ambiente de demanda tanto nos mercados domésticos quanto internacionais e pela tendência positiva nos preços dos combustíveis, juntamente com o esperado crescimento da capacidade e um número maior de aeronaves eficientes em termos de combustível entrando na frota”.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias