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BNDES pode financiar aéreas brasileiras após reclamação de CEO da Azul

Uma ajuda do governo para as companhias aéreas brasileiras com financiamentos pode chegar em breve, através do BNDES. A iniciativa surgiu após o CEO da Azul, John Rodgerson, reclamar que o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) financia companhias aéreas americanas como a American Airlines e FedEx Express, mas não empresas brasileiras que geram empregos no Norte e Nordeste.

“Eu acho que o BNDES deve financiar a Azul, a Gol, a Latam, porque nós estamos ajudando o Brasil, criando empregos no Norte, no Nordeste. Mas, financiar uma empresa aérea dos Estados Unidos, poxa, que loucura”, afirmou o CEO, que é americano e ajudou a fundar a JetBlue, antes de vir para o Brasil para criar a Azul ao lado de David Neeleman.

Logo depois, um Diretor do BNDES para Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, rebateu as críticas de John. Ele falou que o banco só apoia a Embraer e, no caso, financiou a American Airlines por estar adquirindo aeronaves brasileiras, assim como já foi feito com a Azul que é uma das principais clientes da fabricante do Vale do Paraíba. Porém, não foi rebatida a alegação de John sobre a FedEx, que nunca operou aviões brasileiros.

O executivo do banco também afirma que é complicado financiar aéreas brasileiras dado o grande passivo (dívidas) que elas acumulam, que aumenta o risco de calote mesmo com o histórico de boas pagadoras.

Agora, a Bloomberg reporta que o governo está analisando ativamente possibilidades de financiamento para as companhias aéreas brasileiras, a fim de reduzir o passivo que deverá ter impacto nos custos e que por sua vez pode reduzir a tarifa.

O plano inicial é usar o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) como garantidor para financiamentos futuros, mas que esta mudança deverá ter aval do congresso. É reportado que a Azul e a GOL têm interesse em R$4 bilhões de reais em financiamento, mas que o BNDES dará apenas uma parte, seguindo sua análise de crédito.

A LATAM por não ser listada no Brasil pode ficar de fora desta ajuda, assim como foi cogitado durante a pandemia com uma proposta que não foi frutífera de financiamento do governo para as companhias aéreas passarem pela pior crise do setor.

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