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Um Boeing 777 com passageiros a bordo, pronto para partir do terminal para sua decolagem, foi impedido de prosseguir e apreendido por autoridades no momento em que sairia do portão de embarque nesta sexta-feira.
O caso aconteceu nesta sexta-feira, 15 de janeiro, quando a tripulação do Boeing 777-200 registrado sob a matrícula AP-BMH estava começando o voo de número PK895 da Pakistan International Airlines (PIA), de Kuala Lumpur, na Malásia, para Islamabad, no Paquistão.
Segundo a mídia paquistanesa, a tripulação informou que estava preparada para a partida com passageiros a bordo, quando, ao contactar o Controle de Tráfego Aéreo, foi avisada para aguardar, pois as autoridades locais restringiram a decolagem por ordem judicial.
Em nota, a companhia criticou a ação e solicitou ajuda ao governo de seu país. Em publicação no Twitter, a PIA declara:
“Uma aeronave da PIA foi apreendida pela corte local da Malásia em uma decisão unilateral pertencente a uma disputa legal entre a PIA e outra parte pendente na corte do Reino Unido. Os passageiros estão sendo acompanhados e soluções alternativas para sua viagem foram finalizadas. É uma situação inaceitável e a PIA solicitou o suporte do Governo do Paquistão para assumir esta questão usando canais diplomáticos.”
It is an unacceptable situation and PIA has engaged the support from Government of Pakistan to take up this matter using diplomatic channels
— PIA (@Official_PIA) January 15, 2021
O Boeing 777 foi apreendido por falta de pagamento das taxas de arrendamento da aeronave. A PIA não pagou o valor à empresa de arrendamento mercantil (‘lessor’) que a levou à justiça.
Segundo dados do FlightRadar24, até a publicação desta matéria o AP-BMH permanece em solo em Kuala Lumpur e o voo PK895 segue como cancelado para a data de hoje:
Segundo a mídia paquistanesa, a PIA estava bem ciente do fato de que o valor da aeronave ainda não havia sido pago, e mesmo assim permitiu que esta voasse para outro país. Dessa forma, o Marechal da Força Aérea, Arshad Malik, e sua equipe, que cuidam da administração da companhia aérea estatal, foram criticados como responsáveis por tal negligência de colocar em risco a reputação da aviação do país.