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Boeing cria grupo de estudos para substituto do 757

A Boeing abriu nesta segunda-feira um grupo para estudar um potencial novo avião, que atenderia o chamado Middle of The Market (MOM), termo referido à categoria de aeronaves entre os aviões de corredor único (narrowbody), como o 737 MAX, e os widebodies de fuselagem larga atuais, como o 787 Dreamliner. Este mercado deixou de ser atendido com o fim da produção dos irmãos 757 e 767 (este último atualmente é fabricado apenas nas versões cargueira e militar de reabastecimento em voo).




O grupo de estudos será liderado por Mark Jenks, que foi chefe do programa 787 Dreamliner. A informação foi divulgada pela Reuters e confirmada por uma fonte dentro da fabricante. O CEO da Boeing, Kevin McAllister, disse no memorando de criação do grupo que não significa que um programa desta nova aeronave será lançado ou que seria uma indicação que o projeto iria avançar.

Este grupo também terá a função de ajudar a Boeing evoluir na maneira de desenhar e construir aviões, afirmou o CEO. As discussões sobre o MOM surgiram logo após o anúncio do 787 Dreamliner que, apesar de ser o substituto natural do 767, é uma aeronave maior exatamente para competir com o A330 e o A350 da Airbus. E principalmente o Dreamliner não serve para rotas transatlânticas mais curtas e os voos transcon (de costa à costa nos EUA), que sempre foram operadas pelo Boeing 757.

O concorrente Airbus A321 e seu sucessor A321neo têm tomado algumas destas rotas, mas ainda não atendem as demandas das companhias aéreas. A Boeing confirmou seus estudos para o MOM no Paris Air Show em julho, detalhando que uma aeronave ideal segundo as aéreas seria com capacidade entre 180 e 250 passageiros, com alcance em torno de 4.000 milhas náuticas (7.408 km) e com capacidade de carga de 75m³ (o atual 737 MAX 9 e o A321neo podem levar até 51m³ de carga cada).

Aproximidamente 89% das companhias aéreas estariam interessadas em alguma aeronave deste tipo, segundo a Boeing. O mercado em potencial chama atenção: chegariam até 4.000 aeronaves a serem comercializadas. A Airbus está de olho nos passos da Boeing e considera criar uma nova versão do A321 para brigar por este mercado.

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