A Boeing registrou uma queda de entregas de aeronaves em fevereiro, realizando apenas 27 envios de aeronaves novas a clientes, uma redução de uma unidade em comparação com o mesmo período no ano passado. A empresa enfrenta problemas na cadeia de suprimentos e restrições no crescimento da produção, o que tem pressionado os seus resultados.
A Boeing enfrentou um revés após o acidente ocorrido em 5 de janeiro, quando uma vedação de porta de um jato 737 MAX 9 se desprendeu durante o voo. Como resposta, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) mandou suspender os voos do MAX 9 por várias semanas e estabeleceu um limite temporário para a produção do modelo MAX pela Boeing.
Até agora este ano, a Boeing realizou a entrega de 54 aeronaves, incluindo 42 jatos MAX, segundo a empresa, uma queda em comparação com o total de 66 entregas registradas nos dois primeiros meses do ano passado.
“Nosso objetivo é estabilizar e expandir a cadeia de suprimentos e nossa própria fábrica. Estamos bastante confiantes de que conseguiremos”, declarou Brian West, diretor financeiro da Boeing, durante a Conferência do TD Cowen sobre Aeroespacial e Defesa no mês passado.
Além disso, a Boeing anunciou na terça-feira que recebeu 15 novos pedidos em fevereiro, elevando o total bruto no ano para 18. Após descontar cancelamentos e conversões, a Boeing contabilizou um total líquido de 15 pedidos desde o início do ano.
Ao ajustar o balanço para refletir a qualidade dos pedidos em atraso, a Boeing relatou pedidos líquidos ajustados de 19 aeronaves até agora neste ano.
Já a rival europeia Airbus, anunciou na semana passada ter recebido 33 pedidos brutos nos dois primeiros meses, sem cancelamentos, e afirmou ter entregue 79 aeronaves desde o início de 2024.
