A Boeing planeja vender ao menos duas de suas unidades de defesa na tentativa de fortalecer sua situação financeira, de acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Bloomberg. No entanto, não foi divulgado quais unidades de defesa estão sendo consideradas para venda.
No passado, a gigante aeroespacial já avaliava a venda de sua subsidiária Argon ST, uma empresa especializada na produção de sistemas de vigilância militar. Ao ser consultada pela Bloomberg, a Boeing não forneceu nenhum comentário.
Desde janeiro, a fabricante de aviões tem enfrentado críticas após a ocorrência de um incidente em que o painel de uma porta de um Boeing 737 MAX 9 se soltou. A partir de então, outros problemas técnicos foram descobertos em mais aeronaves. Portanto, a companhia está em negociações com a Spirit AeroSystems, fabricante da fuselagem dos aviões 737, com o objetivo de reincorporar a ex-subsidiária – uma decisão que poderia custar à Boeing mais de 3 bilhões de dólares.
Enquanto isso, a quantidade de dívidas da Boeing precisa ser reduzida para financiar o crescimento futuro. A fabricante de aeronaves pretendia acelerar a produção do 737 como uma das formas de aumentar sua receita.
Essa não é a primeira vez que a divisão de aviões comerciais da empresa enfrenta problemas. Nos anos de 2018 e 2019, após dois acidentes com o modelo 737 MAX, as aeronaves foram impedidas de voar por todo o mundo, além disso, a produção do 787 Dreamliner também teve grandes problemas nos últimos anos. Além disso, a certificação de novos modelos de aviões, como o 777-9, 737 MAX 7 e MAX 10, tem sofrido atrasos por vários anos. Durante esse tempo, a tendência é que a diferença para a concorrência com a Airbus continue aumentando.
