A Boeing e o regulador da aviação dos EUA, a FAA, refutam as alegações de que uma quantidade de aeronaves Boeing 777 apresenta uma falha elétrica perto de um tanque de combustível que poderia potencialmente causar um incêndio ou explosão, explicando que não há uma preocupação de segurança imediata.
Segundo relatórios anteriores no Daily Mail e New York Post, os aviões 777 da Boeing correm o risco de “descarga eletrostática” perto do tanque de combustível central.
“O acúmulo de carga eletrostática na montagem da tampa e na montagem da válvula flutuante, que está presa à montagem da tampa, pode levar à descarga eletrostática na estrutura circundante”, segundo uma Diretriz de Aeronavegabilidade (DA) postada pela Administração Federal de Aviação meses atrás. “Essa condição, se não for tratada, pode resultar em uma fonte de ignição dentro do tanque de combustível e subsequente incêndio ou explosão“, segue o documento.
Em declarações ao Independent, a FAA disse que não havia um risco de segurança imediato para os voos, e a Boeing afirmou que o processo regulatório padrão foi “sensacionalizado”.
“A FAA baseia seus cronogramas de diretivas de aeronavegabilidade no risco envolvido. Se a agência determina que algo é uma questão urgente, exige ação imediata“, afirmou uma fonte regulatória de aviação ao The Independent.
“A proposta de diretiva de aeronavegabilidade para o Boeing 777 daria aos operadores um determinado período de tempo para fazer as correções descritas pela Boeing em seu alerta de novembro de 2023.” Em um e-mail, a Boeing descreveu a história original do Daily Mail como “enganosa e imprudente”.
“Ela faz conexões incorretas e sensacionaliza o processo regulatório padrão que ajudou a garantir que o transporte aéreo é a forma mais segura de transporte”, disse o fabricante da aeronave. “Isso não é uma questão de segurança imediata para os voos. Há múltiplas redundâncias projetadas em modernos aviões comerciais para garantir a proteção contra efeitos eletromagnéticos. A frota 777 tem operado por quase 30 anos e voou com segurança mais de 3,9 bilhões de passageiros.”
A diretiva de aeronavegabilidade atingiria 292 aviões nos EUA. A American Airlines e a United estão entre as companhias aéreas que operam os aviões 777 da Boeing.
Na diretiva, a FAA propõe que a instalação de ligação terra seja realizada nos aviões 777, assim como novos fixadores na placa de cobertura. A agência federal também propõe que as inspeções ou manutenções existentes sejam revisadas para incorporar novas limitações de aeronavegabilidade.
Em uma declaração separada, a FAA disse: “A proposta de diretiva de aeronavegabilidade, que a FAA emitiu em março de 2024, exigiria a instalação aterramento elétrico em um componente no tanque de combustível central. Tornaria obrigatórias as ações de serviço que a Boeing descreveu em um boletim de alerta de novembro de 2023”.
