A fabricante de aeronaves Boeing retomou a produção do modelo 777-9X após um período de dois anos de inatividade. O primeiro protótipo dessa aeronave realizou seu voo inaugural em janeiro de 2020, uma época tumultuada para a Boeing com a proibição de voo do seu modelo 737 MAX.
Entretanto, poucos meses após o primeiro voo do 777-9X, a indústria da aviação foi duramente atingida pela pandemia da COVID-19, paralisando a produção.
Após o pico da pandemia, a Boeing continuou a fabricação do modelo, acumulando uma quinzena de unidades armazenadas no aeroporto de Everett, aguardando a certificação final para completar a montagem. No entanto, a produção foi interrompida novamente em janeiro de 2022 devido a preocupações da Agência da União Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA, além do aumento nos custos da cadeia de produção.
Durante o último semestre do ano passado, a Boeing dialogou com os fornecedores do programa 777-9X solicitando a retomada do envio de peças para Everett, com a intenção de reiniciar a produção no final de 2023 ou no início de 2024.
A produção do 777-9X foi reiniciada a um ritmo lento em Everett, com expectativas de acelerar em breve. A Boeing espera ter as aeronaves totalmente prontas quando receber o certificado de navegabilidade, previsto para o fim deste ano, e iniciar as entregas o mais rápido possível.
Diante dos contínuos atrasos, clientes como a companhia aérea Emirates, principal cliente deste programa, têm perdido a paciência com a fabricante. Assim, qualquer progresso será bem-vindo.
Depois de produzidas, as aeronaves serão armazenadas no aeroporto de Everett ou em outros aeroportos, como o Moses Lake, até que possam ser finalmente entregues às companhias aéreas. Isso é esperado para ocorrer no início de 2025, se tudo correr bem e a FAA finalmente certificar a aeronave.
