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Um júri determinou que a gigante aeroespacial Boeing roubou segredos comerciais de uma pequena startup aeroespacial sediada em Redmond, que planejava construir uma aeronave híbrida elétrica, segundo matéria da Reuters,
Consequentemente, o júri concedeu à Zunum Aero, Inc. quase US$ 90 milhões em danos, valor que um juiz federal de Seattle tem a possibilidade de triplicar para cerca de US$ 250 milhões. Entretanto, um advogado do demandante mencionou que os danos exatos ainda estão sendo calculados.
O veredicto põe fim a um processo que assemelha-se a uma batalha entre Davi e Golias, instaurado em 2020 por dois graduados do MIT que fundaram a Zunum. A ação afirmava que a Boeing buscava investir no avião da Zunum, que tornaria a viagem aérea híbrida elétrica economicamente viável décadas antes do que a indústria aeroespacial pensava ser possível.
A Zunum alegava que a Boeing enviou engenheiros e outros funcionários para realizar due diligence em seu investimento, mas acabou roubando informações e segredos comerciais.
Segundo a Zunum, a Boeing levou a Zunum a acreditar com garantias de que investiria na empresa, mas, em vez disso, interferiu prejudicialmente com os fornecedores da Zunum e “sabotou os esforços da Zunum para atrair investidores adicionais”.
O júri federal concordou em grande parte, considerando a Boeing culpada pelo roubo de 16 dos 19 segredos comerciais apresentados no julgamento.
O júri concedeu US$ 67,08 milhões em compensação pelo prejuízo causado pelo roubo dos segredos comerciais, US$ 14,15 milhões por enriquecimento injusto da Boeing e US$ 11,56 milhões por interferência prejudicial, entre outras descobertas.
O júri declarou que o roubo de segredos comerciais pela Boeing foi “intencional e malicioso”, o que permitiria ao juiz James Robart impor danos triplicados. Em resposta, a Boeing declarou que discorda respeitosamente do veredicto do júri, alegando que esse não é respaldado pela lei ou pelos fatos e que recorrerá a todos os desafios disponíveis para o julgamento.