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Boeing só deve certificar a maior variante já feita do 737 no meio do ano que vem

Os atrasos no projeto do 737 MAX estão maiores do que a Boeing gostaria, conforme revelado pela agência reguladora dos EUA, que so vê o modelo certificado depois do meio do próximo ano.

Em um documento oficial enviado pela FAA, a Administração Federal de Aviação dos EUA, responsável pela certificação das aeronaves, está afirmado que o andamento atual da certificação do 737 MAX 10, o maior dos Boeing 737 já feitos, está lento.

“No que diz ao 737-10, o projeto da Boeing atual é que o MAX 10 só obtenha o certificado de tipo adicional depois do verão de 2023”, afirma a FAA segundo o documento obtido pela Reuters e que foi enviado ao Senador Roger Wicker do Partido Republicano, líder da oposição no Comitê de Comércio do Senado Federal Americano.

Como os jatos 737 MAX 8 e 737 MAX 9 já estão certificados, a expectativa da Boeing era rapidamente certificar os outros aviões da família MAX, sendo eles o menor – MAX 7 – e o maior – MAX 10 – porém isso não irá ocorrer tão logo.

Os atrasos começaram após a paralisação do projeto devido aos acidentes fatais de 2018 e 2019, que forçaram a FAA a mudar seu método de certificação e a Boeing a passar por um escrutínio sobre sua cultura interna.

Depois de tudo isso, a expectativa da própria Boeing, como a empresa revelou ao AEROIN durante a feira Farnborough, no Reino Unido, em julho passado, era que a certificação fosse postergada para o primeiro trimestre de 2023, enquanto nos bastidores ela trabalhava para uma extensão de um prazo junto ao Congresso Americano, referente a uma nova regra de alertas de cabine que teria que implementar, caso o avião fosse homologado após dezembro (isso geraria mais custos, atrasos e é tudo o que a Boeing não quer).

Agora, contudo, a certificação aponta para 3º trimestre do próximo ano, como diz o documento da FAA. Oficialmente a companhia americana não quis comentar a carta, nem a FAA e o senador republicano.

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