Durante uma apresentação na Associação de Companhias Aéreas do Pacífico e da Ásia, o vice-presidente sênior de vendas da Boeing na região, Dinesh Keskar, disse que a empresa tem um especial interesse para aeronaves de meio de mercado (entre o 737 e o 787) na região da Ásia e Oceania.
Ele pontuou que as companhias de baixo custo como a Lion Air e a VietJet, já demonstraram grande interesse no 737-9, e que também espera interesse similar em um futuro substitítuo do Boeing 757 que teria um alcance de 4.500 milhas náuticas (8334km) e capacidade para 250 passageiros.
“Quando você tem esse tipo de situação, você sempre começa a olhar no melhor custo de assento por milha voada, e obviamente se você tiver mais assentos, lhe dará um melhor custo, para qualquer um que quer algo maior que o 737 MAX” disse Dinesh.
Por agora, a Boeing continua a estudar o mercado e não fez nenhuma decisão em qual será sua opção para competir com o Airbus A321neoLR, que a companhia já admitiu como substituto natural do já antigo 757.
No mesmo evento, o vice-presidente apresentou a projeção da Boeing para o mercado do Sul da Ásia, que segundo a companhia irá precisar de 3.860 novas aeronaves nos próximos 20 anos, num valor de $565 bilhões de dólares, sendo 77% destas aeronaves, de corredor único como o 737 e o A321.
“Isto é por causa do domínio das companhias aéreas de baixo custo e por causa do número (baixo) de horas de cada voo” complementou Dinesh.
Para o mercado da Oceania, a Boeing espera que 1.020 aeronaves num valor de $160 bilhões de dólares nos próximos 20 anos. Destas, seriam 800 aeronaves de corredor único, 130 aviões de corredor duplo de pequeno porte (787-8 e A330neo) e 90 aeronaves de fuselagem larga de tamanho médio (787-9/10 e A350). A fabricante não vê demanda de grandes aeronaves de corredor duplo na região.
Vale lembrar que o A321 está substituindo o 757 nas principais companhias aéreas do EUA nas rotas-tronco domésticas, mas apesar da sua nova versão A321neoLR com 3.900 milhas náuticas (7.222km) de alcance, alguns especialistas não veem como o substituto à altura do Boeing 757 para rotas internacionais de médio curso como as operadas para a América Latina a partir dos EUA.
Adaptado da FlightGlobal.