O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, prevê que até o final de 2024 haverá a estabilização dos transportes aéreos interilhas, após a decisão da BestFly de encerrar suas operações no país, como informou o Publituris.
Além disso, o governo cabo-verdiano planeja criar uma nova companhia aérea com capital público, que estará equipada com aviões projetados especificamente para a realidade local e operará com sistemas de subvenção e compensação.
Correia e Silva enfatizou que a garantia de transporte, continuidade e crescimento são aspectos de suma importância. A companhia aérea TACV está atualmente operando para garantir a mobilidade, mas o governo ainda aposta na criação de uma nova companhia aérea de propriedade pública como uma “solução mais estruturada, duradoura e sustentável”.
A implementação de um serviço público de concessão de operações, que incluirá a subvenção e compensação para as ilhas com menor fluxo de passageiros, está entre os planos do governo cabo-verdiano. Mesmo com fluxo de passageiros reduzido, tais ilhas precisam manter suas conexões de transporte.
A TACV está em fase de aquisição de novas aeronaves para ampliar sua atual frota de dois ATR. Correia e Silva sugere que a empresa está estudando a incorporação de um modelo de avião “mais ajustado” ao tamanho de ilhas como São Nicolau, Maio e Boavista.
O Primeiro-Ministro expressou satisfação com o desempenho do sistema de transportes marítimos vigente, embora reconheça que ajustes precisam ser feitos. Ele ressalta que os transportes aéreos e marítimos interilhas são áreas de soberania, nas quais não pode haver falhas ou descontinuidades.