Um caça chinês realizou uma perigosa interceptação de um helicóptero da Marinha Real Australiana que operava em águas internacionais próximas da Coreia do Norte. O incidente ocorrido no dia 4 de Maio, envolveu um caça chinês liberando flares à frente de um helicóptero Sikorsky MH-60R operando a partir do HMAS Hobart, de acordo com o Departamento de Defesa da Austrália.
“Esta foi uma manobra insegura que representou um risco para a aeronave e o pessoal”, afirma o Departamento de Defesa. “Embora não tenha havido ferimentos sofridos pelo pessoal da Força de Defesa Australiana ou danos causados ao helicóptero MH-60R, a segurança e o bem-estar de nosso pessoal da ADF continuam sendo nossa maior prioridade. A Austrália espera que todos os países, incluindo a China, operem suas forças militares de maneira profissional e segura.”
O helicóptero estava trabalhando em apoio à Operação Argos, que busca impor sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte.
Relatos da mídia citam o ministro da defesa australiano, Richard Marles, dizendo que o caça chinês envolvido no incidente era um Chengdu J-10 da Força Aérea do Exército de Libertação do Povo (PLAAF).
“Fizemos as representações diplomáticas apropriadas, como seria de esperar”, disse Albanese no programa de rádio Today Show. “Consideramos isso como não profissional e inaceitável. E deixamos claro essa visão para Pequim, tanto em Pequim quanto em Canberra.”
Este não é o primeiro caso. Em junho de 2022, um caça Shenyang J-16 do PLAAF realizou uma perigosa interceptação de um Boeing P-8A da Força Aérea Real Australiana em espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China. Pequim, sem nenhuma justificativa sob a lei internacional, reivindica a maior parte do Mar do Sul da China como seu território soberano.
O incidente de 2022 viu o caça liberar uma nuvem de chaff à frente do P-8A, parte do qual foi ingerida pelos motores CFM International CFM56 da aeronave.
Em fevereiro de 2022, um navio de guerra chinês usou um laser de alta potência para iluminar um P-8A da RAAF sobre o estreito de Makassar, que fica ao norte da Austrália.
Pequim também realizou interceptações de aeronaves de outras nações. Em junho de 2022, um caça chinês realizou uma perigosa interceptação de um Lockheed CP-140 da Força Aérea Real Canadense – designação canadense para o P-3 Orion.
No momento do incidente, a aeronave da RCAF estava, assim como o MH-60R australiano, operando em apoio às sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte.
