Caça Gripen repele avião russo que invadiu o espaço aéreo de país europeu na sexta

No dia 14 de junho de 2024, uma aeronave militar russa Su-24 Fencer violou o espaço aéreo sueco, levando à sua intercepção por dois caças JAS-39 Gripen da Suécia. A infração ocorreu a leste de Gotland, uma ilha sueca estrategicamente situada no Mar Báltico. Apesar dos avisos transmitidos pela Suécia via rádio, a aeronave russa negligenciou alterar seu percurso, resultando na intervenção.

O incumprimento do espaço aéreo sueco gerou forte reação do chefe da Força Aérea, Jonas Wikman, que qualificou a atitude russa como inaceitável e como uma demonstração de total desprezo pela integridade territorial da Suécia.

“Nós monitoramos todo o processo e estivemos lá para intervir”, assegurou Wikman. A infração, embora breve, carrega implicações significativas., sendo a primeira vez que a Rússia viola o território sueco após a entrada desta última na OTAN.

No entanto, esta violação do espaço aéreo não representa um evento isolado. Em 2 de março de 2022, dois caças Su-27 e dois bombardeiros táticos Su-24 russos irromperam no espaço aéreo sueco, mais uma vez sobre Gotland. Assim como agora, o incidente levou ao envio de aviões JAS 39 Gripen em resposta à invasão.

As violações do espaço aéreo podem ser interpretadas como um erro do piloto ou como uma ação deliberada, sendo este último cenário o mais provável. É possível que a violação represente uma maneira de “intimidar” a Suécia após sua adesão à OTAN, ou ainda que seja uma tentativa de teste da prontidão do Alerta de Reação Rápida da Força Aérea Sueca, ao mesmo tempo que recolhe dados de inteligência vitais sobre o inimigo.

Este tipo de prática entre a Rússia (ex-União Soviética) e os aliados da OTAN é comum há décadas, desde a Guerra Fria.