A oportunidade de ter um caça histórico no hangar surgiu nos EUA com a venda de um caça sueco que foi “avô” do caça Gripen, o mais avançado hoje na Força Aérea Brasileira (FAB).
Antes da fabricante sueca SAAB lançar o caça Gripen no final da década de 1980, e que hoje encontra em sua segunda geração, fazendo parte do arsenal da Força Aérea Brasileira, a empresa da Suécia percorreu um longo caminho na fabricação de caças a jatos, que começou com o Draken.
Ele foi o quarto caça a jato da SAAB, mas o primeiro a atingir o dobro da velocidade do som (Mach 2), com velocidade máxima de 2.450km/h. Também foi o primeiro da companhia a ter asa em delta, que acabou sendo uma assinatura dos caças suecos de 1955 em diante.
O caça foi utilizado além da Suécia, pela Áustria, Dinamarca e Finlândia, sendo um símbolo da Escandinávia na Guerra Fria. Após ele, a SAAB fabricou o J37 Viggen e, finalmente, o J39 Gripen.
Agora, uma unidade do modelo Draken pode ser comprado. O modelo à venda foi fabricado em 1964 para a Força Aérea da Suécia na versão J35D, onde voou com a matrícula FV35350 e, após o fim do serviço militar, foi vendido para um operador civil nos EUA, que registrou como N35350.
Este avião é um dos dois únicos Draken em condições de voo atualmente, sendo o outro do mesmo operador, mas o modelo J35F, um pouco mais avançado. O valor de venda dele é de $249 mil dólares (R$1,2 milhão), e está incluso um motor Rolls-Royce Avon Mk.60 sobressalente, os mesmos usados no avião comercial de Havilland Comet 2, 3 e 4, e também no jato Sud Aviation Caravelle nas versões I, III e VI.
Caso o comprador seja brasileiro, será necessário uma licença de exportação por parte do Departamento de Comércio dos EUA, por se tratar de equipamento militar. O anúncio pode ser visto neste link.
