Casal exige reembolso integral após voar ao lado de um cachorro “bufando e soltando gases”

Imagem fornecida pelo casal ao Stuff

Um casal de Wellington, na Nova Zelândia, exigiu um reembolso da Singapore Airlines (SIA) ao acusarem que um cachorro arruinou sua experiência de viagem.

Segundo reporta o portal neozelandês Stuff, Gill Press e seu marido Warren compraram passagens da classe econômica premium para o voo de 13 horas de Paris a Singapura, em junho. Mas, eles afirmaram que ficaram consternados ao descobrir que o passageiro ao lado deles trouxera a bordo seu cão de apoio emocional.

“Eu ouvi um barulho, um bufo forte”, disse a Sra. Press em entrevista ao canal de notícias Stuff, da Nova Zelândia. “Achei que fosse o telefone do meu marido, mas olhamos para baixo e percebemos que era o cachorro respirando. Eu disse: ‘Não vou deixar isso sentado ao nosso lado durante toda a viagem’”.

Ela ainda descreveu que ouviu o dono do cachorro comentar com outro passageiro que ele é uma pessoa ansiosa e era por isso que o animal estava viajando com ele.

O casal solicitou a mudança de assento, mas a tripulação de cabine informou que os únicos assentos disponíveis eram na parte de trás da classe econômica. Não querendo fazer a mudança para uma classe inferior à adquirida, eles decidiram ficar onde estavam.

Porém, eles alegaram que a presença do cachorro se tornou insuportável no meio do voo, pois, além de bufar, também estava peidando, e ainda ocupando o espaço para as pernas do Sr. Press, com a cabeça entre seus pés e saliva escorrendo em sua perna, disse a Sra. Press.

“(O dono) não podia deixar o cachorro no corredor porque não conseguiriam passar os carrinhos, então ele teve que entrar mais na fileira, o que significava que a cabeça dele estava sob os pés do meu marido. Meu marido estava de short e estava sujando a perna com saliva de cachorro”, disse ela ao Stuff.

Após outro pedido de troca de assento, os comissários transferiram o casal para assentos na frente da cabine econômica, que havia sido reservado aos funcionários.

Antes do pouso, os comissários de bordo informaram que um relatório do incidente havia sido preenchido e que a SIA entraria em contato com eles. Mas, depois de uma semana sem notícias, a Sra. Press decidiu enviou por e-mail suas reclamações à companhia aérea.

Duas semanas depois, a companhia aérea respondeu, oferecendo vales-presente no valor de US$ 200 para usar no site KrisShop. A senhora Press rejeitou a oferta por considerar que se tratava de uma compensação inadequada pelos lugares mais baratos que acabaram por ocupar.

Depois de mais três semanas, a companhia aérea ofereceu-lhes vouchers de viagem no valor de US$ 320. Mas a senhora Press disse que nada menos que um reembolso total seria suficiente. “Não recebemos a experiência pela qual pagamos”, disse ela ao Stuff.

Em nota sobre o caso, a companhia aérea disse:

“A Singapore Airlines se esforça para notificar os clientes que possam estar sentados ao lado de um cão de suporte antes do embarque.

Em circunstâncias em que os clientes sentados ao lado de um cão de suporte solicitem a transferência, a Singapore Airlines ajudará a reassentar os clientes na mesma cabine, sempre que o espaço permitir.

Neste caso, não conseguimos transportar o Sr. e a Sra. Press dentro da mesma cabine, pois a cabine da classe econômica premium estava lotada.

Quando questionada sobre o prazo para os clientes que buscam indenização, a SIA disse que “a duração do processo está sujeita à complexidade da questão”.

Desde 1º de abril, a SIA proibiu cães de apoio emocional a bordo de seus voos, embora ainda esteja honrando viagens para clientes – e seus cães – que fizeram uma solicitação e enviaram a documentação exigida antes da data. Cães-guia aprovados ainda são permitidos a bordo.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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