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Com 70 aviões, China treina invasão de Taiwan com cerco completo à ilha

Em retaliação à visita da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos, em 5 de abril, Pequim organizou “jogos de guerra” massivos que simulam a imposição de um cerco total à ilha, informou o site Aviacionline com riqueza de detalhes.

O Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) organizou o exercício “Joint Sword”, que envolveu mais de 70 aeronaves, 11 navios e lançadores de mísseis e foguetes de longo alcance do Exército, Força Aérea e Marinha com os quais simularam o lançamento de múltiplos ataques simultâneos na ilha de Taiwan.

Conforme relatado pelo Ministério da Defesa Nacional de Taiwan, das mais de 70 aeronaves que cruzaram a linha mediana do estreito e penetraram em sua zona de identificação (ADIZ), os seguintes modelos puderam ser identificados:

– Caças de superioridade aérea J-11;
– Caças pesados ​​J-16 e Su-30;
– Caças leves J-10C;
– TB-001 – Drone Armado Pesado de Longo Alcance;
– Aeronave de inteligência eletrônica Y-9EW;
– Aeronave de patrulha marítima e guerra antissubmarino Y-8 ASW;
– Bombardeiros de mísseis estratégicos H-6K;
– Aeronave de reabastecimento em voo YU-20;
– Avião aéreo de alerta antecipado e controle KJ-500.

Os navios de guerra identificados ao redor da ilha eram contratorpedeiros Type 052C, fragatas Type 054A e barcos de mísseis Type 22. Assume-se a participação de vários submarinos. Os sistemas de foguetes de longo alcance PHL-191 também foram implantados, bem como os sistemas de mísseis balísticos convencionais DF-11, DF-15 e DF-16.

Conforme relatado pelo porta-voz do Ministério da Defesa chinês, os aviões de combate destacados para a operação estavam armados com munição “real” e é provável que exercícios de tiro real sejam realizados nas proximidades de Taiwan no último dia.

As forças marítimas, terrestres e aéreas chinesas foram coordenadas com o apoio a operações de guerra cibernética, reconhecimento por satélite e eletrônico e ações de guerra eletrônica.

Por seu lado, as Forças Armadas de Taiwan estão em alerta máximo. A Marinha enviou seus próprios navios de guerra para seguir os navios chineses. Os sistemas de defesa aérea estão totalmente operacionais e rastreando as operações aéreas inimigas, enquanto a Força Aérea da República da China (ROCAF) implanta seus caças em patrulhas aéreas de combate (CAPs) para identificar aeronaves chinesas detectadas.

Embora a defesa do espaço aéreo e marítimo de Taiwan seja posta à prova quase diariamente pelas forças de Pequim (e não é a primeira vez que a China responde desta forma a uma aproximação entre políticos insulares e norte-americanos), desta vez trata-se de uma mobilização massiva, uma colossal demonstração de força que visa intimidar a liderança em Taipei e dissuadir Washington de uma eventual intervenção armada em defesa da ilha.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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