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Com devolução da Surinam, resta apenas uma operadora do Airbus A340 na América Latina

Foto: DepositPhotos

No dia 24 de março, a Surinam Airways devolveu seu único Airbus A340-300, com registro PZ-TCW, ao seu arrendador V2 Aviation, sediado em Dubai. Este modelo era utilizado exclusivamente para voos entre Paramaribo, no Suriname, e Amsterdã, nos Países Baixos.

O PZ-TCW, apelidado de “Orgulho do Suriname”, com capacidade para 257 passageiros, foi operado pela Finnair entre 2008 e 2017 e, posteriormente, entre 2018 e 2022 pela Air Belgium, sob a matrícula OO-ABD.

A Surinam Airways já havia utilizado aviões Airbus A340 no passado. Entre 2009 e 2019, operaram dois Airbus A340-300 com as matrículas PZ-TCP e PZ-TCR. No entanto, devidoa muitos problemas técnicos e ao não cumprimento do contrato de arrendamento, a última unidade foi retirada em 2019. Entre 2004 e 2009, chegaram a operar um Jumbo do modelo Boeing 747-300M, como informa o portal parceiro Aviacionline.

Esses problemas não foram os únicos enfrentados pela empresa, pois também esteve envolvida em controvérsias relacionadas à gestão, mudanças frequentes de pessoal e dificuldades decorrentes da apreensão de aeronaves. A empresa tem lidado com problemas internos há anos, em parte devido a questões administrativas.

Um dos negócios infelizes foi a aquisição de um Boeing 777-200ER no final de 2019 como substituto dos A340-300. No entanto, esta aeronave exigia manutenção mais frequente, e a Surinam Airways não possuía a certificação ETOPS necessária para operar rotas transatlânticas.

Em 2021, a companhia aérea decidiu devolver a aeronave ao arrendador sem tê-la operado e, desde então, tem operado com aeronaves subarrendadas, incluindo tripulações da KLM, Air Belgium e AirHub Airlines.

Após a retirada do único A340 da Surinam Airways, a Conviasa permanece como a única companhia latino-americana que ainda utiliza essa família, operando um A340-200 e dois A340-600 próprios. No entanto, eles têm vários aviões desse modelo em terra, incluindo um A340-200, A340-300 e A340-600, utilizados como fontes de peças de reposição e provenientes de seu antigo operador, Mahan Air.

A Conviasa opera os A340 em rotas para destinos como Porlamar (Venezuela), Havana (Cuba), Moscou/Vnukovo (Rússia), Manágua (Nicarágua), Cidade do México e Cancún (México).

A Lufthansa é uma das duas companhias aéreas de outras regiões que opera o A340 na América Latina, utilizando a versão A340-300 em rotas de Frankfurt para Bogotá e Rio de Janeiro. No entanto, a partir de outubro, essas aeronaves serão substituídas pelos Boeing 787-9.

A outra é a Edelweiss, que serve a maioria dos destinos com seus A340: Puerto Plata e Punta Cana (República Dominicana), Cartagena e Bogotá (Colômbia), Liberia e San José (Costa Rica), Cancún (México), Havana (Cuba) e Montego Bay (Jamaica).

Outras companhias aéreas latino-americanas também já tiveram aeronaves A340 em sua frota:

– Avior Airlines (2016-2019), sediada na Venezuela, com um A340-300;

– Estelar Latinoamérica (2019-2020), sediada na Venezuela, com um A340-300 em contrato wet-leasing com a Hi Fly Malta;

– TAM (2007-2011), sediada no Brasil, com dois A340-500;

– BWIA West Indies Airways (2002-2007), sediada em Trinidad e Tobago, com dois A340-300;

– Surinam Airways (2009-2019; 2023-2024), com três A340-300;

– LAN Airlines (2004-2015), sediada no Chile, com cinco A340-300;

– Aerolíneas Argentinas, sediada na Argentina, com quatro A340-200 (1999-2014) e nove A340-300 (2007-2019);

– Plus Ultra aluga um A340 da Cubana de Aviación sob o formato ACMI (aeronave, tripulação, manutenção e seguro).

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