
Com a paralisação de 600 dias do jato 737 MAX da Boeing, alguns comissários se sentiram prejudicados por não estarem trabalhando e processaram a fabricante americana. No entanto, o pleito não teve resultado e eles perderam o processo numa decisão concluída ontem nos EUA.
A ação judicial foi movida por oito comissários da Southwest Airlines em março do ano passado. A empresa aérea americana é a maior operadora do 737 do mundo e também a que encomendou mais aeronaves da versão MAX.
A Southwest até agora não retomou os voos com a aeronave, os quais estão previstos para março, exatamente dois anos após a FAA, Administração Federal de Aviação dos EUA, ter ordenado a parada dos 737 MAX após os acidentes da Lion Air e da Ethiopian Airlines.
A alegação dos comissários era que a Boeing escondeu os problemas com o MAX e que a falta de clareza ocasionou os acidentes que, por sua vez, afetaram seus salários, já que voaram menos que o previsto, segundo reporta o portal Aero Time.
O pedido visava a uma compensação salarial e danos morais referentes à paralisia do 737 MAX, não apenas para eles, mas para todos os 17 mil comissários da Southwest. No entanto, a justiça afirmou que “não existem provas que qualquer um dos comissários estava programado para voar nos voos do 737 MAX, o que geraria uma perda de renda por voo não feito”.
Com a recertificação do jato, fica bem difícil que os comissários consigam ganhar algo caso recorram ou abram outro processo, além do fato de a Southwest nunca ter reduzido salários por causa da paralisia do MAX, tendo inclusive repassado uma parte da multa que a Boeing pagou, diretamente aos seus funcionários.