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O Sistema de Aterrissagem por Instrumentos, conhecido como ILS (do inglês, Instrument Landing System), é um componente fundamental na aviação moderna. Utilizando uma combinação de sinais de rádio terrestres e instrumentação de aviônica, o ILS tem desempenhado um papel crucial no aumento da precisão e segurança das aterrissagens, especialmente em condições climáticas adversas.
Neste contexto, é importante compreender o funcionamento do Sistema de Aterrissagem por Instrumentos, desvendando a tecnologia por trás dele e destacando sua importância para a indústria da aviação.
Visão geral do ILS
O ILS é um sofisticado apoio de navegação usado na aviação para auxiliar os pilotos durante as fases de aproximação e aterrissagem de aeronaves. Seu objetivo principal é fornecer um guia preciso para as aeronaves, permitindo que aterrissem com segurança, especialmente em condições adversas de tempo. Para isso, o ILS oferece orientações lateral e vertical para garantir o alinhamento preciso das aeronaves com a pista de pouso.
Seu desenvolvimento remonta ao início do século XX, com melhorias contínuas desde então. Em 24 de setembro de 1929, o piloto Jimmy Doolittle realizou nos Estados Unidos o primeiro voo completo, incluindo decolagem, voo e aterrissagem, baseado pura e exclusivamente em instrumentos, sem referências visuais externas à cabine de comando.
O primeiro pouso por meio do ILS ocorreu em janeiro de 1938, quando uma aeronave da Pennsylvania Central Airlines pousou com sucesso durante uma tempestade de neve, baseando-se apenas no ILS.
Componentes do ILS
O Localizador (LOC) fornece orientação lateral à aeronave durante a aproximação para o pouso. Ele transmite um sinal de rádio ao longo do eixo da pista, permitindo que o sistema de aviônica da aeronave determine se estão no curso correto.
O Caminho de descida (Glide Slope Path), operando em conjunto com o localizador, fornece a orientação vertical necessária para auxiliar na fase de descida do pouso. Ele emite um sinal que cria um caminho de descida preciso, estabelecendo um caminho de aproximadamente 3 graus acima do nível horizontal ou do nível do solo.
As frequências utilizadas pelo ILS são tanto a de Ultra Alta Frequência (UHF) quanto a de Muito Alta Frequência (VHF).
O ILS requer manutenção regular para garantir a precisão e confiabilidade de seus sinais. As equipes de manutenção em solo realizam verificações e calibrações rotineiras, garantindo que os sinais do localizador e do glide path estejam dentro dos padrões rigorosos. Voos com aeronaves calibradoras também ajudam a determinar se o sistema está operando adequadamente.
Embora o uso do ILS deva continuar no futuro previsível devido à sua precisão e confiabilidade, a navegação aérea tem evoluído nos últimos anos e novos sistemas podem ser implementados para, cada vez mais, dar aos pilotos a máxima segurança disponível.
Categorias do ILS
Os ILS (Instrument Landing System) CAT I, II e III são diferentes tipos de sistemas de aterrissagem por instrumentos que auxiliam os pilotos a realizarem pousos seguros em condições de baixa visibilidade.
ILS CAT I: É o tipo mais básico de sistema ILS, que fornece informações de navegação horizontal e vertical para o piloto durante a fase de aproximação e pouso. O CAT I permite que os pilotos pousem com uma visibilidade mínima de 800m e uma altura mínima de teto de 200ft.
ILS CAT II: Este tipo de sistema proporciona informações mais precisas e confiáveis do que o CAT I, permitindo aos pilotos realizarem pousos com uma visibilidade mínima de 400m e uma altura mínima de teto de 100ft.
ILS CAT III: É o tipo mais avançado de sistema ILS, que utiliza tecnologia altamente sofisticada para permitir aos pilotos realizarem pousos em condições de baixíssima visibilidade, incluindo pousos automáticos. O CAT III é subdividido em três categorias:
– CAT III A: Permite pousos com visibilidade inferior a 200m e altura mínima de teto de 50ft.
– CAT III B: Permite pousos com visibilidade inferior a 50m e altura mínima de teto de 0ft.
– CAT III C: Permite pousos em visibilidade zero e sem limites de altura mínima de teto.
Esses sistemas são fundamentais para garantir a segurança dos voos em condições climáticas desfavoráveis, permitindo que os aviões consigam aterrissar de forma precisa e segura.