Companhia aérea perde criança de 12 anos no aeroporto após erro de comissários de voo

Uma mãe foi às redes sociais compartilhar seu drama, depois que sua filha de 12 anos foi perdida pela American Airlines no aeroporto de Miami. A empresa aérea se pronunciou e disse que investigará o caso.

O incidente ocorreu no sábado, 2 de julho, depois que Monica Gilliam deixou a menina no aeroporto de Chattanooga, no Tennessee, aos cuidados da American. A jovem deveria embarcar num voo para Miami, onde seria apanhada por seu pai.

Onde foi a falha

Para garantir que ninguém esqueça ou identifique incorretamente a criança viajando desacompanhada, ela deve usar um cordão no pescoço com uma etiqueta grande claramente marcada com “UM” (unnacompanied minor) em letras maiúsculas. No verso estão o nome da criança e os detalhes do voo, bem como informações sobre parentes próximos.

Além disso, como parte do serviço, comissários de bordo ou funcionários do portão devem escoltar a criança até a aeronave. À chegada ao destino, um funcionário deve escoltar o “UM” até ao seu tutor e verificar a sua identidade para se certificar de que a criança está a ser entregue à pessoa correta.

Neste voo, no entanto, a mãe disse que os comissários de bordo simplesmente cumprimentaram sua filha no desembarque, mas que ninguém a acompanhou pelo saguão do terminal de Miami. Pelo procedimento, os comissários deveriam ter acompanhado ou assegurado que alguém da empresa acompanharia a menina.

Apreensão

“Quase uma hora depois que o voo dela pousou, recebi uma ligação da American Airlines. Era o gerente em Miami e ele diz ‘sua filha está desaparecida, fechamos o terminal, não sabemos onde ela está’”, disse Gilliam em um vídeo do TikTok (abaixo).

“Acontece que os comissários de bordo acenaram para ela sair do avião e disseram ‘tchau’ e ela disse que não sabia o que fazer, então continuou porque eles estavam dizendo ‘tchau’, então ela continuou andando”, continuou a mãe.

“Então ela passou pelo aeroporto com aquela placa nela, indicando que ela era uma menor desacompanhada e num dos maiores centros de tráfico humano do país”, explicou Gilliam no curto vídeo de dois minutos.

“O pai finalmente a pegou, mas na saída nenhum funcionário da American Airlines a parou para ver se ela tinha um adulto acompanhando, nenhum funcionário do aeroporto de Miami a parou, nem mesmo o agente de segurança da TSA”, concluiu.

Resposta da empresa

A mãe da criança descreveu o tratamento da filha como “completo abandono” e um “fracasso total”.

A American Airlines disse que está levando as alegações “muito a sério” e entrou em contato com Gilliam para saber mais sobre o que aconteceu.

Em um comunicado enviado por e-mail, um porta-voz da companhia aérea disse: “A American se preocupa profundamente com nossos jovens passageiros e está comprometida em fornecer uma experiência de viagem segura e agradável para eles. Levamos esses assuntos muito a sério e estamos investigando o que ocorreu. Um membro de nossa equipe entrou em contato com o cliente para saber mais sobre sua experiência”.

Veja abaixo o depoimento da mãe.

@relativelymonica The utter failure by @American Airlines ,#tsa and #mia ♬ original sound – relativelymonica
Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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