Conheça a mulher que pilotou na guerra e na Antártica antes de liderar equipe numa companhia aérea

A trajetória notável da piloto Jennifer Kelsey desafia os limites: desde voos de combate no Afeganistão até missões na Antártica e, agora, 30 anos depois, liderando uma equipe na Alaska Airlines, ela serve de inspiração para muitas mulheres na aviação.

O amor de Jennifer por shows aéreos começou quando ela era adolescente. Todos os verões, ela visitava sua família em Oshkosh e se maravilhava com os aviões que cortavam o céu. Ela estava determinada a pilotar uma aeronave por conta própria, então trabalhou duro para economizar dinheiro para as lições e voou solo em um Cessna 150 aos 16 anos.

Kelsey estudou na Embry Riddle Aeronautical University e depois ingressou na Air National Guard, voando com o C-130 Hercules em missões no Afeganistão e na Antártica. Seu vasto histórico inclui mais de 27 anos de serviço militar, viagem a todos os continentes e atualmente exerce o papel de Diretora de Operações da Operação Deep Freeze, uma missão de apoio à pesquisa da National Science Foundation.

Ela entrou para a Alaska Airlines em 2005, onde teve uma carreira notável, passando de comandante a oficial de operações de voo e piloto de teste. Este ano, ela se tornou comandante de frota, um papel que combina seu amor por voar com a liderança de uma equipe.

A experiência de Jennifer a levou a desafios diversos, inclusive o pouso em pistas não convencionais, como uma de 3 mil metros de comprimento feita de neve compactada na Antártica. Marcada apenas por bandeiras negras em uma superfície branca, a pista oferece um desafio de pouso único e intrigante ao confundir a distinção do limite da pista.

No mundo da aviação, ainda predominantemente masculino, Jennifer reconhece o caminho trilhado por mulheres pioneiras que permitiram que ela se tornasse uma piloto. Em respeito às suas precursoras, Jennifer se sente com a responsabilidade de assegurar o mesmo progresso para as futuras gerações de mulheres piloto.

O objetivo final, afirma Jennifer, é simples. Elas não querem ser reconhecidas como “pilotas”, mas simplesmente como pilotos. Este será o indicativo de que realmente superamos os obstáculos de gênero na profissão. Jennifer acredita pertencer à Alaska Airlines, pois é, acima de tudo, uma piloto.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias